sábado, 28 de agosto de 2010

robótica.

E agora você sabe como é,
não sentir nada.
É assim que vivo,
todo dia.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Queda Livre

Existem casos e casos, mas esse caso eu nunca pedi pra existir... Ora eu lutei por esse lugar, porque eu não posso tê-lo ? E agora estou sendo privada do que é meu, sem ao menos a consideração de aviso "Não te quero aqui".

Despedacei.
Desmoronei.
Eu fui, lutei e venci, por algumas semanas, uma segurança que eu nunca tive, e passei quase um mês na corda bamba, onde atrás de mim era puro vazio, a ausência total de cores, vida e sentido, e ao meu redor, uma sensação pastel, de tons beges, e um sorriso de flash proposital, e na minha frente, onde eu quero chegar, tudo vivo, vermelho e quente.
Mas eu caí.
No chão ainda não cheguei... Tô ainda nesse meio tempo, entre a corda e o chão, só o ar e meu corpo... caindo.

Eu ainda quero chegar do outro lado, minha alma que meu corpo abandonou, deu tchau e não retornou, resiste equilibrada naquela corda, com a sombrinha em mãos e uma expressão de palhaço persistente - aquele esforçado, mas sem graça nenhuma.
Meus olhos no corpo em queda livre olham essa cena com sentimento de burguês vendo uma criança no farol. Sente pena, mas consente. E a lágrima que escorre... é do vento que bate.