domingo, 27 de janeiro de 2013

Carnavália

Desenho o que a alma encanta.
O abstrato me atrai de tal forma, que a forma e a estrutura secundarizam o elemento.
Não sou artista, não senhor.
Não sei das dores do mundo,
Não sei da guerra, nem da miséria
Não sei de nada tão forte capaz de abalar o ser concreto.

Sei da razão, essa é didática e real.
Me afasto, pois não me interessa o certo.
O torto, o estranho, o tormento da dúvida...
O deleite da incerteza.

Por que tudo está tão calmo?
Por que vendamos os olhos?
Por que estando em desalinho, fechamos os olhos, tapamos os ouvidos, calamos a boca para o Carnal?
Por que o Metal ?
Por que devo estar para a razão, quando o que me atrai não é a formalidade?

Gosto do carnaval e do acaso,
gosto dos instantes, da surpresa, longe de mim a certeza!

Escrevo o que à alma encanta,
Escrevo porque penso, e acima de tudo, desejo.