sábado, 27 de dezembro de 2008

Vamos virar a página

Só sei que não preciso escrever muito para definir o que eu sinto. E mesmo com poucas palavras, não saio tão direta assim. Vi um papel no meu bolso hoje falando sobre aves, e bom, eu queimei esse papel, porque eu realmente quero deixar em cinzas tudo aquilo que senti quando escrevi aquilo sobre aves. E eu não quero ser aquela ave. Tem tanta coisa que eu não quero ser, mas eu não quero lembrar nem ao menos pensar sobre isso. Mas o que eu puder, eu vou queimar mesmo, mesmo que eu me queime, quero deixar tudo em cinzas, tudo apagado, quero deixar o vento levar essas impurezas para fora do meu refúgio.

E falando em impureza, é final de ano, e eu quero tanto ver o mar, mesmo que ele estará repleto de gente e suas marmitas, e crianças com suas sujeiras, e turistas, o mar é belo e puro. Depois essas pessoas todas irão embora e eu sei que o mar continuará lá, indo e voltando. O que me acalma é saber que ele sempre volta. Apesar de nunca saber para onde ele pode me levar. Ele é tão imprevisível. Mas ele sempre volta. Ao contrário de outros.

O que eu descobri também, nesses dias, é que não dá para confiar nas pessoas. Eu não descobri isso, eu sempre tive isso em mente, mas eu estava mudando e sempre considerei essa mudança positiva, mas ações de pessoas próximas - em espírito - me fizeram repensar. As vezes você tem algo combinado, estabelecido, e você cumpre com sua parte, e se esforçando para não fazer nenhuma cobrança apesar de ser cobrado, e no final não foi nada como você imaginou. Nunca acreditei em conto de fadas e seres imaginários, sempre acreditei no que era real, acho que tenho que reconsiderar isso.

Quando eu comecei a escrever esse texto eu estava afim de fazer uma retrospectiva sobre o meu ano de 2008, mas acabei por escrever outro texto sobre meus dias recentes. Para uma retrospectiva, eu teria de buscar coisas que eu nem me recordo mais, e isso seria muito cansativo e longo. Mas guardo o que foi bom para sempre comigo, e o que foi ruim, eu quero queimar como eu queimei aquele papel. Porque queimando, eu sei que as cinzas não podem voltar a serem concretas, são cinzas, e por serem cinzas tem o dever de desaparecer.

Ano após ano coisas novas e deveras inesperadas acontecem mas certas coisas nunca mudam, e chega uma hora que se torna exaustivo sempre a mesma lama, aquele bolo de sujeira, problemas e ratos mortos com moscas e baratas embrulhados em uma caixa torácica pequena com você. Essas coisas não mudam, e o cheiro se torna insuportável para quem está de fora, alguns se acostumam, mas chega uma hora que não dá. E essa hora tá chegando. Vamos quantos otarios aguentaram por mais tempo...Não falo de mim, nem de vocês claro, a não ser que você tenha se identificado com isso, mas convenhamos, algo te incomoda, mas você não reclama, você suporta, mas a paciência se esgota. Convenhamos que dá sim a vontade explodir e tentar mudar. Eu digo meu bem, desista, após certa idade, não se muda mais, você demorou demais para tomar um passo, sua paciência é longa viu?

A minha paciência? Ah bem, isso é bem relativo, acho que o meu convívio com pessoas desagradáveis me ajudou a fingir prestar atenção no que elas dizem e a não ligar para o que elas reclamam, e eu ratifico : isso é bom treinar, isso alivia e evita tanta discussão, mas na outra mão, pode gerar discussões. A minha paciência para escrever esse texto que está terminando - desconfio que seja o sono batendo - e mais uma vez percebo que eu desvio assunto facilmente, Começo dizendo algo, sobre o que mesmo? Ah, sobre como não preciso de muito pra escrever o que sinto e que queimei meu texto sobre aves, e terminei agora falando sobre....bem, esse parágrafo foi sobre minha paciência.
Juro que se eu houvesse escrito à mão esse texto, provavelmente o queimaria, estou bem incendiaria - fica o aviso - e eu não tenho mais idéias para botar aqui nesse blog. Me destraí e desfoquei do que eu queria dizer no começo...

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Embalagem

São tantos envelopes e eu não vejo o porquê, é tanta tinta desperdiçada, tantos papéis rasgados e espalhados pelo chão. Eu não sinto a menor vontade de recolher tudo isso, a cada papel que seguro em minhas mãos, sinto as palavras deslizarem pelos meus dedos e me mancham de uma cor que eu não quero sentir penetrar em minha pele. Eu já esvaziei todo meu coração, eu não sei mais o que posso escrever à você. Você me cobra tantas lembranças que eu não posso agüentar, deixe-me ter o meu momento. Não de paz. Mas meu.

Deixe me revirar minha casa em busca de objetos, em busca de imagens, em busca de cheiros....deixe acontecer, no seu rumo natural, deixe eu segurar minha respiração para evitar contradições sairem da minha boca.

São tantos papeis rasgados, são tantos brilhos, tanto dinheiro desperdiçado que chega a ser irônico. Tanto blá blá blá, que eu não sei onde estou e porque estou. São tantos envelopes sujo de vinho, eu chego a me confundir com sangue e me dá medo. Porque eu sei dos seus papéis sujos de sangue. Isso não me traz boas lembranças, mas você me cobra tanto por boas lembranças, eu fico com dor de cabeça, voce me pede tanto para ser maior, que eu não sei se sou capaz, você, eles, ela, aqueles....todos imploram por amor, mas ninguém quer dar o primeiro passo.

Eu não quero me levantar dessa cadeira, apesar de eu estar na chuva, e novamente eu não tenho poder, dessa vez, de parar a chuva. Se eu cair, se eu ficar doente, se eu chorar, eu não me importarei, e ninguém se importará, quem está na chuva é para se molhar, e eu não quero mesmo que se importem, só quero que saibam que estou viva ainda.

As palavras se derretem e a chuva as leva consigo, mas não tira de mim essas marcas, esses rastros de tinta, esse cheiro de caneta barata, essas palavras encravam na minha pele, e eu tenho vontade de arrancá-la fora, antes que atinjam meus ossos e me adoeçam por inteira. Eu tento, para mim mesma, ser mais suficiente, mas é claramente percebivel que estou acabada, eu não adimito isso. Eu não adimitirei que me corrompam e me transformem em qualquer lixo orgânico, qualquer fumaça e cinzas, não.

Eu não deixarei qualquer papel manchado ser únicas lembranças, você verá e sentirá por dentro essa surpresa, qualquer turbilhão de emoções, você saberá. E por mais que a chuva lave sua janela, do lado de dentro haverá sempre a mesma sujeira, as mesmas lembranças, o mesmo eu.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Scrabble.

Eu que penso muito em você, e não aceito o fato de você não pensar em mim. Então crio expectativas em números e mensagens antigas, mesmo sabendo que não são reais. A minha realidade é o nosso passado, e eu não tenho nenhum retrato de nós - não a sós - nem em mente...E mesmo que eu tente, não consigo montar esse quebra-cabeça doente, me sinto demente contando histórias a mim mesma que nunca fizeram parte de ti. eu crio diálogos de momentos - aqueles que sempre esteve ausente - mas eu vivo disso...E nisso creio e encho papéis de tinta e lastimas, pois não há nada que me traga de volta o que eu nunca perdi

Esses dias, ando pensando, ou melhor, viajando muito em como seria a minha vida se eu ainda estivesse na minha cidade natal, já que estamos perto do natal, não me custa nada sonhar, não que eu não faça isso com frequência. De qualquer forma, não sinto saudades. Me sinto incompleta.É tão ruim estar longe de casa, mas quando volto, sei que para mim, parecerá que nada está diferente. Algumas coisas. E algumas vezes. Não sei. Quantas vezes que o mundo mudou. Não por nós. Mas por ser como ele é. Nem faço mais sentido.

Mas é que tem tantas coisas em minha cabeça.... Eu imagino, eu penso, eu desejo, eu transfiguro e modifico as coisas da forma que eu quero que elas sejam no momento. E nunca, nunca é como eu penso...E eu não me importo e não faço nada pra modificar o futuro - já que o meu presente está longe.

E mais uma vez eu me despeço, só que nesse texto nada de novo descobri. Só contastei.
5. ano que vem.6.

domingo, 14 de dezembro de 2008

You get me closer to God.

É engraçado como todos os dias, em que vou escrever, eu digo que descobri algo. E muitas vezes nem é algo novo, mas algo que demorou algum tempo para eu perceber. E bem, hoje não foi diferente.

Eu descobri, que somos tão puros. Não digo somos no geral, para todos nós, os seres humanos. Eu digo para eu, e ele. Nossa conexão nunca foi carnal. Sempre foi tão áurea e ironicamente, angelical. E reafirmo. Isso é muito irônico. Mas sempre fomos. E eu gosto de ser.

E agora falando de mim e não nós, eu não sou uma ave com pés, penas, bico e pescoço, mas minha imaginação tem asas, ela voa livremente, mas constantemente prende-se a um mesmo refúgio. E as vezes nem é por vontade própria. Eu não quero ser uma ave, mas acho bem-te-vis adoráveis. Eles são tão perseguidores-amantes por vezes, "Bem te vi..." isso é tão " Te persigo..."

Ganhar presentes é tão especial. Ainda mais essa época do ano. E bem, os presentes, ou melhor, as palavras que ando recebendo não vem sendo muito especiais no meu ponto de vista. Apesar de serem. Preferiria muito mais, receber uma caixa vazia, sem seu recheio cheio de significados, como um tórax sem o coração. E sem o pulmão. Preciso de ar. Preciso respirar. Ficar a só. E não sozinha.

São duas da manhã, e eu não sei porque isso veio ao acaso, mas é que amanhã de manhã mesmo, sei que tenho coisas a fazer - como minhas malas- e eu ainda queria ouvir tantas vozes dizendo "olá" para eu terminar com o "até mais..." . E pelo jeito continuarei no "I wish...but wish is a wish too far".

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Três e um.

Bom hoje eu não acordei. Fui acordada. Pela irmã. Já mandando eu fazer as coisas pra ela. Eu já me acostumei com isso, então nem reclamei. E nem havia motivos para reclamar, sendo que só causaria problemas, e eu não queria isso. Pois eu já sabia que eu veria duas pessoas maravilhosas hoje.

Enfim, ontem eu li um texto que me deixou encucada. E pensativa. E triste por parte. Encucada porque eu nunca soube desse talento, pensativa, porque era um texto sobre aves e pessoas, e triste porque eu percebi, desde a primeira letra, que não era pra mim. E nenhum de todos aqueles textos já foram para mim. E nunca serão.

Enquanto eu, ah eu....escrevo sobre aquele autor o periodo de duas eleições, uma olimpiada, e uma copa do mundo. Quatro anos é muito tempo não é mesmo? Mas seria muito pior se eu chegasse a pensar que em alguma daquelas virgulas e sinais de pontuação, poderia haver uma frase que se dirigisse a mim. Eu criaria falsa esperança. Não que ela já não exista em mim, mas alimentar um prole de virus não é lá muito aconselhável. E no meu caso, é restritamente nada aconselhável.

Hoje, com apenas um violão e mais dois bobos, eu me diverti a beça. E é tão simples ser feliz não é mesmo? Uma camêra, um sofá e uma música. Um telefonema, chocolate, o chão da cozinha. Um grito, uma risada, uma dica. Três pessoas. Eu. Ele. Ela. Eu ainda tô com aquela sensação de satisfação plena, sinto-me mais leve, sinto-me completa. Enfim, e eu nem precisei me preocupar com o relógio que corria cada vez mais rápido, e como eu queria que ele fosse bem leento. Mas apesar de ele não ter me ferrado, eu fiquei bem preocupado, e acabei terminando aquela tarde deliciosa com companias ótimas rápido demais. Parece que passou em segundos.

Enfim, logo logo, irei novamente viajar, e alguns rostos eu voltarei a ver novamente somente ano que vem - o que não está muito longe- mas por ser fim de ano, dá uma sensação de ser um longo tempo. Mas não.
É tempo de renovação. Espero renovar o que de mim é bom, e jogar fora o que eu já deveria ter esquecido, e crescer o que ainda está fertilizando. Vamos concretizar os planos, e tornar as promessas reais.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

texto de quinta-feira

Hoje, como outro dia qualquer eu fiquei em casa. Mas mesmo chovendo, eu precisei me mover para ir fazer a prova de inglês. Hoje foi o fim. Do curso. Hoje foi o fim das aulas de inglês. Hoje foi terminantemente O FIM (:

Na verdade, hoje eu percebi como é fácil fazer todas as pessoas desparecem, como é fácil fazer o assunto terminar mesmo quando alguém ainda está falando, como é fácil tudo acabar. E eu não tenho medo disso, eu até gostei de descobrir isso. Porque nunca antes foi táo óbvio que eu mesma sou capaz de começar as coisas. Mesmo que eu tenha que esperar sentada por um aceno molhado pela chuva. Álias hoje não parou de chover. Enfim, o fim... O fim do programa que estava passando na tv, o fim dos comentários a todos ouvirem, o fim de um conversa... Mas de fato, eu não fiz nada dessas coisas, foi simplesmente o acaso, que por acaso chegou atrasado. Mas já vale por ser o fim.

Eu não sei. Mas final de ano significa o fim de tantas coisas, para outras coisas são só continuação, e na maioria das vezes, significa que o começo de novidades está próximo. E bom, nos meus sonhos, eu tenho tantos planos... Eu poderia até contar, porém eles deixariam de ser meus. E deixariam de ser esperanças por que não?

Bem, hoje por ser o fim, pensei que não seria assim. Pensei em algo para marcar. Mas para minha supresa, que por vez foi bem óbvia, não foi o fim certeiro, eu ainda voltarei lá por vezes, e encontrarei rostos que costumava cumprimentar duas vezes por semana, e quizá ainda o acaso fará tudo parar, tudo desparecer, as pessoas ficarem em silêncio, e aquela ansiedade de ultimo dia de aula - e prova - voltar.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Todo carnaval tem seu fim

Dizem que escrevo meus medos em forma de poesia, talvez, a poesia esteja na interpretação daquele que lê.

De vez em quando, eu gosto de me fantasiar de você e me pôr em seu lugar. Eu gosto de imaginar o que você diria para mim, o que você está fazendo agora... Eu queria vigiar todos os passos teus, para eu não precisar passar por esse papel tão patético de ficar imaginando a sua vida.
Minhas dores parecem tão pequenas perto das suas que eu até fico constrangida de querer ocupar o seu tempo compartilhando-as com você...E bem, quanto suas dores, eu queria poder saná-las, mas Deus não me deu esse dom. O que posso oferecer são meus ouvidos atentos a você, mas eu penso que você já deve estar saturado de ouvir as mesmas palavras repetidas dizendo de formas diferentes para você prosseguir e que eu não posso fazer nada.
Hoje, eu só queria conversar. Mas não procurei você. Não procurei ninguém, apesar de ter encontrado alguém disposto a conversar. Então o fiz. Caso contrário, lutaria contra minha vontade para novamente não me fantasiar de você. E o espelho não me adianta mais. Deve funcionar para pacientes de manicômbios mas eu ainda não cheguei a este estágio. Se bem que estou perto. Talvez de uma reabilitação ou algo do tipo.
Quem me dera ser uma viciada nessa hora para usar como desculpa. Mas não. Nem isso sou.
De fato percebo que o inferno ESTÁ dentro de mim. Álias minha mente cria um caos que nem eu sei como sou capaz de lidar com coisas tão simples, que crio a imagem de serem dragões, canhões, tanques, esquadrias...Qualquer coisa, qualquer desculpa para eu usar para justificar a minha necessidade de você, a minha necessidade de ficar ao seu lado, a minha necessidade de ouvir sua voz todos os dias da minha vida.

Nem que para isso eu tenha que me fantasiar de você, e imaginar suas palavras sendo dirijidas a mim.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

texto de terça-feira.

Nos últimos dias fatos corriqueiros andam me marcando, não sei se estou prestando mais atenção as coisas que acontecem ao meu redor, mas agora, eu não tenho medo de olhar diretamente nos teus olhos. E agora quando vêm falar comigo, eu não sinto mais aquele calafrio como costumava, eu não sei se eu te esqueci, não sei se amadureci - ou se simplesmente me tornei mais fria. Só sei somente, que teu sorriso, agora é só mais um sorriso, que teus olhos são comuns, e que tua voz, bom, não me lembro da tua voz.

Sei que ontem eu sonhei, e foi um sonho comum, com pessoas comuns, e eu. Voce nao estava la, mas eu me lembro de um rosto, e era comum, mas os olhos eram estonteantes, o sorriso cativante, e a voz, a voz soava como melodia para mim. E nao era voce. O que foi um alivio para mim.

Sei que hoje acordei ja com ansia e confusão. E passei o dia assim. Mas mesmo assim, eu estou com disposição, e vontade de conversar com voce. Para ver como me sinto. Para ver como reajo. Para ver como voce se sente, como voce reage. Mas logo percebo que nada mudou, voce continua a mesma, suas respostas continuam vagas, e eu continuo tentando puxar assunto, e ouvir algo de voce. Mas não. Como sempre. Não.

De qualquer forma, eu ja desisti mesmo. Eu não continuarei insistindo. Não no mesmo erro. Mas eu nunca deixarei de ser assim. O que por vezes pode ser ruim. Parece que eu gosto de ser otaria.

Se de um lado eu percebo que voce ja não me afeta mais, por outro descubro que ainda tenho meu lado sensivel, e que ainda existe uma parte de mim que se deixa levar por sorrisos singelos.
Sorrisos ainda me encantam.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

texto de praia[2]

December, 4th, 2008

Eu posso perceber a tarde passar, observando a tua sombra, eu me pego te seguindo com o olhar de vez em quando, mas certas vezes, eu não posso controlar os meus olhos, os teus encontrar, e eu sei que tu percebes, mas foges de mim, e leva contigo meu pensamento longe.
E quando voltas, sinto meu peito palpitar, e as palavras que digo, sinto-as soltas pelo ar.
Nada faz sentido, as palavras que eu digo...
Nada está no lugar, e eu não ligo...
Eu não posso desvendar o que tu sentes, mas me esforço tanto tentando, e me distraio na cor de teus olhos que parecem sempre tão distantes, mas eu penso aonde? Onde podem estar, enquanto eu estou bem aqui...
E de novo tu sais, sem me avisar, e o mundo volta a girar rapidamente, minha mente não está a acompanhar... Eu perco o jeito e caio no mesmo questionário
Por que meus olhos te perseguem, se os teus nunca me respondem?


/nãosouromânticabjs.com

domingo, 7 de dezembro de 2008

texto de praia[1]

December, 7th, 2008

Odeio estar nessa situação, em que minha boca se cala e a sua me chama, as palavras se misturam, mas não ousam sair (da minha boca).
Odeio estar nessa situação, em que meus olhos se fixam, mas meu olhar não. E eles não se atrevem a mirar diretamente nos seus.
Odeio estar nessa situação, em que te faço vítima, enquanto a arma carregada que seguro, aponto para minha garganta.
Odeio estar nessa situação, onde todas as luzes estão viradas a mim, e eu como novato, não sei o que faço.
Odeio estar nessa situação, onde o que eu não preciso é receber, mas eu não, eu não distribuo, eu não sou capaz...
Eu não sou capaz de mudar quem sou, não sou capaz de mudar o que quer, eu não sou capaz...não.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Enquanto ele destrói todas as pontes, ela tenta atravessar o rio em uma jangada.

Só com um sorriso posso te desarmar, eu estou tão pronta e pacífica para ouvir todos os seus problemas. Eu posso perceber que não sou a pessoa certa para essa hora, mas sou eu com quem você quer estar. Desculpe-me chegar assim, sem avisar, mas precisava te ouvir, e conversar a qualquer custo.
Só com um sorriso eu vou chegar, simples assim, e te abraçar. Eu estou tão calma e tão pronta para agüentar todos os seus desabafos. E descontando toda a raiva em mim, eu não me importo, que aja assim, eu compreendo todos os seus erros, e acompanho todos os seus passos.
Só de ouvir sua voz já está tudo bem, se você deixar, eu farei tudo ficar bem. Eu sei que não é a coisa certa a fazer, mas assim vai ser. Eu não estou mentindo quando digo que sinto muito, por tudo de errado que aconteceu. Eu sei que não foi minha culpa, mas se fosse por mim, nada aconteceria assim.
Só estou aqui para te abraçar, e impedir que você faça alguma besteira. Gritando e chorando, eu não me importo que você me peça para ir embora, mas eu não irei. Desculpe-me por entrar na sua vida sem querer, e estar aqui sem pedir, mas eu precisava saber como você está por dentro.
É só um sorriso seu que eu quero ver. Porque assim eu saberei que ainda existe luz, e assim eu saberei que você ainda está aqui por mim, como eu por você.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

I wanna hear what you've got to say

São em teus olhos que encontro a verdade, mas são em outros que procuro o caminho, e digo, eu nunca encontro a saída. São dos teus lábios que eu escuto as palavras, mas distancio quando ouço-as erradas, e procuro então, confortar-me com um sorriso.
E só de longe eu observo os movimentos teus, desejando que fosse eu, a pessoa ao teu lado, e desejando que fosse minha, a mão que a tua segura...
E é em casa, que escrevo e leio os poemas, desejando pronunciar tais palavras, que em segredo eu as guardo por orgulho, por não querer admitir que são teus braços que eu quero abraçar.


Sei lá. Só escrevi. Nada especial. ponto.

Tudo que sei, eu nada sei.

E quando eu penso em fabricar uma bomba, eu já fui bombardeada por uma bomba atômica e mais umas caseiras....
E quando eu penso nas silabas, eu já ouvi a biblia inteira....
E quando eu penso na pergunta, meu pedido já foi negado....
E quando eu penso no olá, nós já estamos no adeus....
E quando eu penso em mim, eu penso nas pessoas ao meu redor, e como eu as afeto, eu penso em como eu deveria retribuir tudo o que elas me proporcionam...
E quando eu penso em conclusão, é quando a trama se embaralha, e eu descubro que não tenho essa habilidade, eu simplestemente NÃO SEI e NÃO SINTO.
Me desculpe dizer isso, mas eu nunca amei, e não será de um dia pro outro que eu começarei a distribuir "amor", eu não gosto de mentir e eu já menti demais para as pessoas que eu me importo.
Eu não gosto de ser sempre assim, queria poder ser só UM POUCO MENOS tão.... eu.

Eu poderia tentar retribuir todo o bem que me fazem, mas eu não sou capaz de agradar a todos e a mim mesma ao mesmo tempo... Isso soa tão egoista, mas é sincero. O meu lado racional, age muito mais que o lado emocional....

E tudo isso, não passa de reações químicas. FALEI