domingo, 7 de novembro de 2010

... eu fiquei à margem, enquanto via o navio passar, flutuando sorridente.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Viagem

Há dois meses atrás,
eu imaginava minha vida na capital,
trabalhando em um bom título,
virando a madrugada com arte,
e todo final de semana em um lugar diferente.
Dividindo um apartamento
apertado,
e todo mês no vermelho,
tanto no banco
quanto o rosto,
de felicidade seria.
Era a vida que eu queria.

Hoje eu já vejo minha vida no interior
Ou em outro estado,
trabalhando em um bom título,
virando a madrugada nos livros,
dividindo um apartamento,
apertado,
e todo final de semana
voltando à capital,
visitando meus pais,
e os poucos fiéis que me restaram.

É a vida
que o futuro me reserva.

sábado, 28 de agosto de 2010

robótica.

E agora você sabe como é,
não sentir nada.
É assim que vivo,
todo dia.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Queda Livre

Existem casos e casos, mas esse caso eu nunca pedi pra existir... Ora eu lutei por esse lugar, porque eu não posso tê-lo ? E agora estou sendo privada do que é meu, sem ao menos a consideração de aviso "Não te quero aqui".

Despedacei.
Desmoronei.
Eu fui, lutei e venci, por algumas semanas, uma segurança que eu nunca tive, e passei quase um mês na corda bamba, onde atrás de mim era puro vazio, a ausência total de cores, vida e sentido, e ao meu redor, uma sensação pastel, de tons beges, e um sorriso de flash proposital, e na minha frente, onde eu quero chegar, tudo vivo, vermelho e quente.
Mas eu caí.
No chão ainda não cheguei... Tô ainda nesse meio tempo, entre a corda e o chão, só o ar e meu corpo... caindo.

Eu ainda quero chegar do outro lado, minha alma que meu corpo abandonou, deu tchau e não retornou, resiste equilibrada naquela corda, com a sombrinha em mãos e uma expressão de palhaço persistente - aquele esforçado, mas sem graça nenhuma.
Meus olhos no corpo em queda livre olham essa cena com sentimento de burguês vendo uma criança no farol. Sente pena, mas consente. E a lágrima que escorre... é do vento que bate.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Ah vá.

Eu pensei mas não falei : " eu cansei, e vou sair desse lugar."
E a saudade, onde fica? Onde cabe? Que no meu peito, não tem mais espaço para guardar, e o meu peito, nem meu, queria mais que fosse... No momento, o que sou é só esforço de ser alguém melhor,
pois tudo o que tentei, eu fracassei. Meu orgulho saiu para passear, e deixou a porta aberta, e nisso veio o furacão. Que resolveu em mim, morar.

Eu fui diminuída, mas fiquei onde estava até terminar de ouvir... que tudo, até aquele ponto,o que eu achava que era certo, estava errado. Para mim, a vida estava bossa-nova, uma mistura de jazz com samba. E do outro lado, a vida era grunge, nada romântica.

Tem algo emocional nisso tudo, que diferente de tudo que eu conhecia e era, envolve duas partes, e não se trata mais, somente de mim. Queria eu que a vida fosse tão simples quanto queria, e tão feliz quanto eu imaginava.Queria eu que fosse fácil, mas se fosse fácil, perderia a graça de viver. Pois como dizem, cada dia é um desafio. Mas que bosta.

sábado, 12 de junho de 2010

Eu nunca soube.

Eu não saberia te explicar como me tornei assim. Eu estava rodeada de rostos conhecidos e amigos, mas mesmo assim não era eu, eu não estava em mim. Eu queria um abraço, mas não estava a fim de responder ações e perguntas. Senti como se eu flutuasse a casa que chamo de lar, observando as pessoas, as vidas alheias, mas eu estava ali, eu fazia parte daquelas vidas. Mas aquelas pessoas não faziam parte da minha vida, alheia. No final, peguei um disco de uma das minhas bandas favoritas e fui ouvir, pensativa.


Eu confesso que estava ouvindo baladas românticas, trilha sonora de cena de filme adolescente dos anos 80, pois é. Você sabe, aquelas musicas que você considera brega, mas um trechinho você canta. Porque isso me tira do lugar onde estou. Eu queria estar em um lugar seguro, e eu sei onde encontrar um lugar seguro, eu só tenho vergonha para pedir pra entrar. E além de vergonha, eu tenho meu orgulho, e meu ego grande demais para admitir que aqueles braços me dariam o conforto agora.


Eu quis conversar contigo, como nos velhos tempos, quando era eu e você e a ilusão. Eu achando que seria mais um, e você achando que seria a vida inteira. Ou pelo menos um tempo, que duraria para sempre.
E onde te encontro agora, se não for em uma mesa de sinuca no bar? Qualquer lugar assim, sujo de espírito, a cerveja caída na mesa, a fumaça de cigarro lá fora com o vento. E eu em qualquer lugar, menos perto do cheiro de nicotina, pois o que sinto cheiro, não é público.


Confesso que gosto dessa vida, de amigos vagabundos, de risadas vazias, de carência, vontades e arrependimentos. Mas por um dia, que fosse qualquer dia, eu queria sentir a segurança que eu nunca senti. Algo que nem sei explicar...algo que eu ainda preciso entender. E me acostumar.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Depois, outro dia, outro lugar.




"Quando eu te peço pouco, é porque eu quero tudo que pode me dar
Quando eu te peço pra esquecer, é porque quero te fazer lembrar de tudo que passou

Quando eu te digo que não penso, é porque eu não paro de pensar
Quando eu tento me esconder, é porque eu só quero te mostrar o que eu ainda sou."
Esteban - Segunda-Feira.


domingo, 6 de junho de 2010

Petúnias no Jardim.

Sexta-feira, 4 de junho de 2010

Eu li tantos livros nesses últimos dias, as palavras que eu digo nem minhas são mais. Mas o que se passa aqui dentro não é plágio de ninguém. Porque o que se passa aqui dentro, é quase nada perto de alguém.

É dor, é pena, é um sofrimento que não é meu. É repetir a mesma ação em um lugar, onde as horas do dia demoram pra passar. É ver a rotina maltratando, refletida nos olhos de quem menos merece.... Os remédios na gaveta, as bitucas de cigarro, que a essa casa não pertencem.

A loucura atingindo entes queridos.
E o que resta para ser feito? Pagar os pecados desta vida, olhando pelo outro, ora, isso só alivia a consciência daquele que algo deve.

Tristeza.

É angustiante, dolorido, sentir-se impotente, incapaz. Olhar a Morte atravessar a sala de estar, sentar-se à beira do leito, tomar um café amargo. Enquanto a nós, anfitriões de uma visita indesejada, nada nos resta. Além de nos conformarmos que, quando Ela for embora, destruirá o jardim.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Meio Muda

E o meio do ano chega, mais uma vez, estou igual. Meu nome é o mesmo, a cor dos meus olhos também, minhas mãos, bem, estão frias por causa do vento.

Meu nome é o mesmo, e eu moro na mesma casa que, há dois anos atrás, era novidade para mim. Eu cheguei no verão, e agora já é inverno e vejo algumas flores, umas roxas, outras amarelas ou brancas, florescerem.
Mas em mim, nada além nasceu...

Meus olhos são os mesmos, e o céu à noite é festejado. Sobe, pelo fogo, o balão, e as crianças pulam e correm desejando voar, assim da mesma forma, andar nas nuvens de algodão.... E o balão, termina como qualquer juventude transviada, queimando uma casa e morrendo, quilômetros de distância do seu auge.

É meio do ano, dividindo o tempo em dois, mas não meu sonho, que é o mesmo de dois anos atrás, e nem afastando meus planos. Nunca gostei do balão. Eu gosto do fogo. Da chama que arde e ilumina. Que aquece o corpo, mas não amolece o coração.

Mas enfim... meu coração mudou. Dessa vez mudou, ele não é mais meu, e habita outra casa, está em outro bolso.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Abril

Veio como uma tempestade de verão
Inundou minha casa
E afundou meu coração.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Tardes de filme e pipoca.

E bate aquela vontade de voltar,
Lembrar que ainda existe a saudade.
Antes a ausência bem vivida que a presença desconhecida
E antes sorrir lembrando
Que chorar se arrependendo.

Antes o clichê esperado que um final trágico
Um beijo bem dado
Um abraço apertado
E as mãos se tocando, por baixo do cobertor

Na sala de estar, onde continuam as mesmas coisas
E diante de tantas cenas na tela
É fácil lembrar das cenas vividas

Algo ocorrido que deixa saudade.
Deixa lembrança de fotografia
Uma boa iluminação e lentes míopes, eu tenho meu próprio filme
Embaçado e encharcado, porém meu.

Me passa o refrigerante agora, que a pipoca me deu sede.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Ano de eleição

É andar por essa cidade e ver o futuro que eu não quero ter. É ver a vida comum se realizando, a chuva caindo, no restaurante alguém de talento atendendo e alguém medíocre sendo atendido.
A vida é injusta.

A chuva caía cada vez mais, e os carros se acumulavam. É puro carbono aquela cidade, é lixo, é fumaça, é cigarro, é gente morrendo. Tem algo errado e é difícil de ignorar. As pessoas passam por cima das verdades inconvenientes e vanglorizam aqueles que menos merecem.

Nossos heróis são aidéticos, pervertidos, viciados, mentirosos e ladrões. Meus amigos são bichas, pobres, drogados, nômades. E eu não vejo maldade neles, eles são vítimas e eu não posso culpá-los por seus pecados carnais. Os humanos erram e devem assumir seus erros. Eu admiro quem fala a verdade sobre si.

Admiração somente. Porque até eu não sou totalmente verdadeira sobre mim.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Errado

Duas semanas vagas, e meu coração ocupado
Meu pensamento longe, mas a cabeça no lugar
Antes sorria sem motivo, agora o choro é motivado
Duas semanas nada, e meu coração preocupado.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Ingenuidade

Me chamem de idiota, de louca, de perdida e desinformada.
Me chamem de drogada, de bêbada, de doente, desiludida.
Chamem do que quiser, chamem a polícia e até a ambulância!
Chamem o papa, pastor, pai de santo, pra me exorcizar
Chamem o professor, o jornalista, o cientista, o estatístico para me ensinar

Chamem pai, mãe, e irmã
Chamem o rico e o pobre, o milionário e o miserável
Chamem o que sofre quase morrendo de fome, e o que passa voluntariamente fome
Chamem o realista, e o sonhador
Aquele que dá as notícias, e o trovador

Chamem todos os conscientes,
Os com alma e coração cheios de dúvidas.

Chamem todos...
Pois o mundo ainda pode ser feliz.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Mentiras

"Cuidado jovem, ao se aproximar dela.
Ela te devora vivo, e tu sequer sentes a dor, e quando te encontrar consciente, é tarde demais para fugir. Seus olhos castanhos como tempestades, parecem aveludados a primeira impressão, são o anúncio do mal que está por vir, são castanhos como tempestade...Ela diz coisas que te confunde, ela olha nos teus olhos e exige isso de volta, ela fala baixo e insinua coisas, te provoca, e te afoga, como mar de ressaca. E quanto mais perto, mais oblíqua é. Sente-se capaz de decifrá-la, pobre jovem, engana-se! Ela te abre, e degusta tua alma como vinho. Ao amanhecer, o que resta de ti, é a garrafa vazia de vidro, imprestável. E faz isso no verão, com as almas frescas, e no inverno procura conforto urbano, volta pra casa, onde expõe seu peito aberto inatingível, incapaz, insaciável. No outono as folhas caem, os homens também, na primavera, ela renasce e retorna pros ladrilhos velhos que a acolheram. E recomeça sua história de marcas de batom vermelho em taças alheias e cigarros baratos de cereja." - foi o que se ouvia por aí.

Tudo mentira de um coração partido.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Poema de bolso

Eu vejo os jovens com suas intenções...
Sair beber beijar dirigir amar ter comprar querer poder exibir ser

Eu vejo os jovens, e minhas intenções...
Sinto-me velha, sinto-me deslocada, sinto-me de outro lugar
Talvez se fosse perto do barro, e as obras em pedra-sabão
Ou em uma ladeira pichada, perto de um bar e uma praça
Eu me sentiria melhor, com um bordado, e óculos, fazendo palavras cruzadas

Eu vejo jovens minhas intenções...
Pois é.
Que mal tem, querer amar?
Que mal tem, querer demonstrar?

Eu me vejo jovens com minhas intenções...
Sentir, querer, olhar, saborear, abraçar, sonhar, tocar, aspirar, notar...
Saber a cor do céu em cada hora do dia,
Saber a cor dos olhos no nascer, e pôr do sol
Reconhecer o gosto, o cheiro, e saber nomear
Sentir no mesmo corpo, a sensação do novo
E nunca se cansar.

domingo, 18 de abril de 2010

"Feliz Aniversário"

Eu só te quero bem, que seja aqui ou em outro lugar, mas que nunca afaste seu coração, não importa onde seu espírito esteja. Que seja junto as pedras preciosas, sob os olhos de quem só te quer bem, ou no mundo desconhecido, onde cada dia, apesar da rotina é uma aventura. E que você se descubra. A cada dia que passa, e você põe os seus óculos escuros, e finge que o mundo não existe, e que você é invisível, e mais ninguém....

Mais ninguém pode te alcançar, quando você voa com os pés no chão e as mãos nas nuvens, pois o universo é infinito e mesmo assim pequeno demais para você e sua curiosidade, e sua vontade, de experimentar tudo, de ouvir tudo, de sentir nos lábios os gostos da paixão, com ou sem limão, que seja doce, que seja o mesmo gosto, só que em outra cidade, que seja em Paris! Ah Paris, sim....seria uma paixão...

Não basta São Paulo, ou o Brasil inteiro, de cabo a rabo, mais vale a intensidade que a duração, então que você viaje, olhando estrelas, ou contando as ondas do mar, mexendo seus pés na areia, sentindo frio em outro lugar, e vendo flocos brancos caírem do céu, pela primeira vez na vida... E que pela primeira vez na vida, você experimente muito mais coisas. Mesmo que por uma fração de segundo, por um dia inteiro ou anos...

E quando o tempo bater de frente, e fios brancos apareçam, você resista.
E insista com o mais largo sorriso, e o mais alto coração.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Indiferença

O mundo dentro de mim
eu
O mundo fora de mim

terça-feira, 13 de abril de 2010

Fragilidade

Pra quem nunca sabe o que dizer, ficar sem dizer, é uma rotina. Ausência de palavras, não remete a ausência de pensamentos, mas tudo o que penso me leva a somente um lugar. Eu posso controlar o que digo, mas não o que sinto, e se quando minhas mãos só querem te alcançar, e você está aqui, na minha frente, mas só na minha frente... o que fazer? Como agir?
É mesmo assim, tão distante, como sonhar ir ao Everest, e acordar no sofá. E pra quem nunca sabe o que quer, sonhar com algo grande, é uma vitória. Falta de sonhos, não remete a falta de objetivo, mas tudo o que faço é dirigido pelo mesmo pensamento. E que pensamento é esse, que se resume em palavras e curvas, em música e toque, em movimento e dança, em....deixa pra lá, é coisa de mais...

E pra quem não sabe nem o que falar, querer escrever, é pretensão demais, e eu ainda não sei o que estou fazendo aqui, por que eu continuo insistindo.... Talvez não houvesse tanto a dizer, se não houvessem tantas dúvidas em mim. E cada dia que passa, eu escrevo minhas confissões, pois peco cada vez que questiono, que olho, que penso, que quero, que toco, que faço, e me arrependo.

Eu pensei que estive aqui em algum lugar, vermelho, quente e rápido, mas tudo que vejo é um buraco, e sempre que cresce mais, dói. Dói em mim e em outro alguém, quase inevitável.

Quando uma criança cai de bicicleta, fazemos um curativo no local.
Pena que não existe band-aid para o coração.

Existem coisas que significam muito, outras são passageiras, outras não significam nada, e eu não sei onde fico.
Fico aqui ou acolá, peço pra ficar ou um beijo de despedida, digo que sim ou que não? Eu não sei onde ficar, eu não sei o que fazer. Eu só sei que vai se quebrar....

sábado, 10 de abril de 2010

Quase lá

Não importa o quanto seja
nunca é o suficiente
.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Que nada, não é nada.

Porque o medo impede de tentar
isso me caracteriza como covarde
E por não admitir que sou covarde,
isso me caracteriza como orgulhosa
e por orgulhosa,
eu quero dizer idiota.

Crença

Eu sinto frio de corpo e de alma, um cobertor não é suficiente para me acalentar, eu quero o fogo. Um fogo que mude de cor, mas nunca e intensidade. Eu sinto sede de paz de de água, eu não quero um copo apenas, eu quero um rio com a imensidão do mar, e calma...navegar pela geografia humana, que seja sempre a mesma, e que mesmo assim, me surpreenda.
Eu quero a ferocidade e a ânsia da juventude, e sem responsabilidade, ver estradas em outros olhos e ver as curvas pelo corpo, sentir as mãos geladas, pelo vento e velocidade, acelerar...
A sensação de que a morte se aproxima, e que aquele é o último momento, e de tão belo, a morte senta e resolve esperar... mas a vida não espera, e quando menos se espera, ela se manifesta e transforma tudo em uma fotografia, que fica somente no desejo dos lençóis.
Respirar fundo, no mesmo ritmo, o compasso, as mãos, e o peito quando se encontram, e numa explosão de cores e movimentos, na mente, e no escuro, tudo se conforma como real, e se confortam com a vontade do mesmo desejo realizar, é tão naturalmente errado, o ato de gerar vida pelo prazer...
A ilusão de ir ao paraíso e voltar, e a morte ainda ali sentada e observando, em um breve momento de uma eterna hora, acordar e sentir o vazio das ondas no lençol, e passar as outras 24 horas do dia com frio e sede. Mas que isso se foda, quando não se crê no amor.

quarta-feira, 31 de março de 2010

O Céu

Eu cantaria minha realidade, se gostasse dele
Inventaria outra qualquer, se eu quisesse
Fugiria de tudo isso, se fosse capaz

Eu ouço barulhos, porque não aguento meus pensamentos

-Quer fazer um bem para o mundo? Suicide-se
O cancer da humanidade é o excesso de humanos
-Não, não sou eu quem decido viver ou morrer
-E quem disse que existe um bem maior? O que eu acabei de dizer?

Ou fazer? A liberdade de fazer tudo igual, todos os dias

Os dias de liberdades todas iguais
A liberdade faz os dias todos iguais
A rotina
A mentira
A cegueira
A má vontade de mudar...

Esse fluxo de cores cinzas que me absorve
Eu queria ser laranja.... eu queria viver com o verde
E ver o amarelo no azul

Mas é tudo cinza, cinza, escuro, preto...

sexta-feira, 26 de março de 2010

Conteúdo

- Se importa se eu me sentar aqui?

- Posso ir para outro lugar se te incomodar...

-Estou lendo um livro muito interessante, vai sair um filme sobre ele. Ficou sabendo? Ultimamente, até parece que virou moda, lançar filme baseado em livro, mas pouquíssimos são realmente fiéis a trama original do autor. Já reparou? A onda agora do cinema é 3D, será que pega? Ahahaha, fico imaginando, não seriam muitos filmes que combinariam com esse estilo....em 3D, você não acha? Um estilo que está exinto praticamente, é o de desenho animado em 2D... puts como eu adorava desenhos animados, agora são todos animações de computador, são legais, mas perde a idéia de fantasia, da imaginação. Sempre gostei de animais falantes, sapos, grilos, anões...perae, anões não são animais, são gente bem pequeneninhas hahaha que falta a minha, me desculpe. Nesse livro, que estou lendo veja só, cita em uma passagem, que o personagem principal, quando garoto era chamado de anão, por ser menor que todos os outros garotos da sua turma, até que enfim cresceu, e isso pra ele foi um alívio. Sabe, não meço muito, à vezes é incomodo ser menor que as pessoas que você convive... Mas minha altura é justificável, ambos meu pai e mãe não são altos. E ninguém da minha família em geral é muito alto, exceto um primo meu. Ele joga volei, é muito bom. Está na seleção sub-17 brasileira, um dia eu fui ver um treino deles, meu deve ser muito exaustivo ser atleta, fiquei cansada só de olhar, e ele estava me falando outro dia, que muitas vezes falta verba para eles, treinarem, irem para os jogos e tudo mais, o governo não dá o suporte necessário, muito chato isso. E ainda querem uma olimpíadas aqui, vê se pode? Acho uma sacanagem com os atletas nacionais.... a música também não é muito valorizada no Brasil, sabia? Lógico que você sabe, né, afinal você toca guitarra, não é mesmo?

-Você fala demais...

- ...

- Eu gosto, assim eu não preciso falar.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Coração tão grande que dói

Lá fora acontece um incêndio e na minha mente o silêncio. Não é tão difícil passar em branco, quando tudo se resume em barulho. Daqui uns anos isso acaba. Daqui uns dias eu me esqueço do que aprendi. Daqui um tempo eu estarei revivendo tudo agora.


Eu vivi os dias passando rápido por eles nos fatos, resumidos em livros, e no meu punho dolorido de escrever, e meus olhos cansados de ler o que minha mente não decora. Eu quis deita sobre o papel um poema, mas sobre o quê? Se meus dias, emoção não tiveram...nem o mar,nem a chuva, nem o beijo...

Seguro-me firme, pois tem um buraco no meu coração e o sangue não pode vazar. Lógico, porque se não eu morro. E o sarcasmo é o disfarce da infelicidade.
A verdade é que eu amo quando você fala muito, e age como se não fosse suficiente, eu ouço as músicas do meu pai, e desenho no meu caderno para afastar o amadurecimento (consequentemente o envelhecimento) que me alcança.

Tudo se resume em diálogos sem sentido, pois afinal as pessoas nunca se entendem, eu não quero nada demais dessa vida, eu vivo bem com minhas dúvidas, a minha confiança na árvore da praça, e a desconfiança do reflexo na poça d'água.

Seguro-me firme, pois meu pulmão é fraco e meu coração frágil, chega a doer como é fácil ver através de mim. É tão óbvio assim as minhas constates? Vamos disfarçar com uma dança, a gente logo cansa, senta no chão e ri. Rir é o melhor remédio quando estar vivo é quase uma doença.

E doença que no final a gente morre e qualquer forma. É fato. Ponto. É isso, mas não acabou o texto. Eu digo ainda mais, porque quero escrever e enrolar enquanto bolo algo pra dizer.

Mentira. Eu só quero desculpar essa falta de anteção que eu tenho no dia-a-dia, tem um incêndio lá fora, e na minha mente o silêncio, eu ouço as músicas do meu pai, pra sentir mais próxima do que ele é. Eu preciso de motivos, e motivos a vida não é sobre.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Eu poderia

Eu te diria para esquecer tudo o que te faz mal
Diria para você parar de achar que é menos importante, ou menos bonito, ou menos
Diria que sua felicidade não virá em caixas
Ou em perfumes
Ou na cor do cabelo
Ou nos olhares

Eu te diria que existem muitas novidades afora da porta
E dentro da sala, fica só o conforto
E na caixa do correio, a saudade de casa
Te diria que o dia é mais válido perto do mar,
A que em frente à TV

Diria também, que sua faculdade é burguesa
Que vai contra seus princípios
Que sua revolução é uma piada
E quem banca suas revoltas,
É seu pai.

Ah...eu diria....

Eu diria tanta coisa, só para você parar e me ouvir.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Fim de Festa

Passou tanto tempo longe
Que mesmo perto
Está distante
Foi pro centro-sul, e se esqueceu
Foi pro mundo, e se mudou
O interior, de uma vida rotineira.
Foi no mês de Fevereiro
Que enfim retornou.

Voltou pro sudeste e suas chatices
E a tristeza entrou pela porta
Em forma de flor morta
Que não havia luz
Uma lembrança nostálgica
E me abandonou...

Não me interessa as histórias
Dos tombos nos ladrilhos de cidade velha
Já que tudo aqui é novo e sem esperança,
Não vê graça em criança
Nem em rostos estranos
Nem na cidade e sua grandeza

Passou tanto tempo longe
Que desacostumou com o frio
Com a chuva e a tragédia
Pediu o calor de volta,
do Sol e as Pessoas

Passou tanto tempo longe
Que o mesmo sorriso, aqui não pertence
Que o coração, o corpo abandonou
E partiu para onde não quis voltar

Passou tanto tempo longe
Que mesmo em mim
Me sinto distante.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Home, where I wanted to go

Carta

Me peguei quase chorando ao lembrar de você, e ao tentar conversar a angústia aumentava mais. Foi mais um ano que eu me arrastei até aqui, e você levou tudo o que era seu e um pouco mais... Mas ao conseguir seguir, eu não sinto falta de nada. Só dói, e a dor se acomoda.

Quis te mandar notícias assim como você fez, tomar um café e conversar. E quando eu te vi, foi como avistar uma vitrine e eu não pudesse provar, eu não pudesse ter. Me disse que seus dias estavam sendo cheios, que pretendia tanta coisa para esse ano e portava um sorriso de creme dental. E por fim perguntou de mim, e eu somente disse "os dias são todos iguais"

Meu peito ecoava o vazio daquela tarde escura, que se deu à noite e a manhã cor de café. E repassando os anos que se reprisaram naquela tarde, não recebi a visita daquele que me dava bom dia com um abraço e me cumprimentava xingando minha mãe. Foi a visita de um antropófago sadista, que devorou o resto de mim que sobrevivera.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O mar

E eu escreveria uma canção sobre o passado e os dias nublados sobre os tijolos amarelos, agora asfaltados.
Eu inventaria mais histórias sobre a chuva de manhã na janela, ou noites em qualquer lugar perdidos de alma e sem dinheiro para voltar.
Eu diria que me joguei ao mar e dei as coistas ao mundo que me exclui. Num barco as ondas, turbulência sem bússola, sem vela, sem mapa, é tanto mar... tanto mar e tanta sede.
Eu diria que Poseidon tem olhos verdes, e que sereias são anãs, mas meu bem, seria fácil descobrir que estou mentindo

Em qualquer conversa, eu diria, em uma mesa de bar, que eu escolhi nunca me apaixonar, e que minha vida se resume na alegria e nunca na rotina.
Eu sei que estou mentindo e que não sou capaz de assumir meu ciúmes e solidão a qualquer desconhecido e que não faz o menor sentido sentir falta de algo que nunca tive.
Derrubar lágrimas por um sorriso platônico, e rir da situação no espelho, é preciso paciência a aceitar o desespero, e a pena nos olhos de quem vê.
Eu sei o que estou perdendo,
Porque eu estou perdendo.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

4 anos

Volta a saudades como algo que nunca houvesse existido. Eu olho pra frente e vejo um passado que não me pertenceu. Uma heroína sem carácter, nem identidade. Foi um erro que cometi num silêncio que me atormenta. Eu passaria cem anos de solidão, apenas pra fugir da tormenta, da tempestade, da casualidade que me fez assim com medo e sem prazer.

Eu pediria pro Brasil me abandonar, que eu fosse ao mar em um lugar sem nacionalidade exercer qualquer porra que fosse, mas não ter que viver no caos que se diz civilizado, entre mentirosos putas e aidéticos. Parece até anti-ético, renegar minha pátria no ano da copa. Mas que orgulho é esse que se exalta uma vez a quatro anos? Se for pra viver de quatro em quatro anos melhor não viver, melhor não ser!

Eu falo com Deus, seu Senhor e espero respostas humanas, eu não sei o que quero mas sei o que peço. Sei o que espero e espero até demais o que já era para ter acontecido. É o pecado, é a preguiça de erguer uma bandeira invisível, tomar o ar e formar palavras de conforto para os necessitados de sentimento como eu e todos outros suicidas sociais.

Tapar os ouvidos em público fingir, não ouvir, ignorar o mundo e olhar o reflexo formado no óculos de sol importado. Podridrão forjada escondendo o vazio de um coração maltratado e englobado em cubo que acredita-se ter poder de alcançar o mundo todo.

Mentira!

O que alcança o mundo é a voz, é a palavra, é o som, é o conforto, e a vontade de saber do próximo e dizer de si mesmo, de se encontrar em outros hábitos e se enxergar em outros olhos, é sorrir por um sorriso, e alegrar-se por um segundo, sabendo só por saber, que somos 6bilhões em um só.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Silêncio

Eu espero o silêncio porque cansei de ouvir a minha própria voz, mas eu prefiro falar sozinha a que ouvir besteiras. Mas na verdade o que eu mais quero é paciência e a verdade em um olhar.
Passaram-se dias que eu não tinha nada a dizer, sobre o que dizer, eu não sei, as palavras simplesmente se recusavam a se formar. Foi um período de greve de pensamentos, eles existiam, só estavam estagnados.

Mas quando eu falo, eu sou errada, e o silêncio em mim se tornou, melhor que nada. Aliás, este é o nada, a ausência de palavras, logo de sentimentos. Oh senhor! não...isso não. Eu posso não ter lágrimas, mas não permita que eu seja vazia por completo...

Eu tento falar, eu tento gritar, eu quero buscar e não me deparar com a decepção, encontrar algo que pulse e se encaixe no meu peito, que seja completo mas não completamente, e eu exijo demais, até nos defeitos eu preciso parar antes de me cansar... o que adianta se o que eu procuro é algo que eu crio?! Onde me encontro então? Senhor, senhor... por que ainda te clamo, se nenhuma resposta recebo?

Eu queria não ter medo de altura, e poder pular. Encontrar franqueza numa paz que não viesse de mim, a verdade que não fosse reflexo, e o contratempo da minha pulsação. Que tudo isso se resumisse no silêncio recíproco.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Foi saudades, você e eu.

As cinzas de cigarro em um copo de café,
nada como 6 horas de espera pela saudade de mais de mês.
É a angústia de finalmente chegar.

E se meu coração parasse agora,
eu seria infeliz.
O relógio não é meu amigo, e nessas horas que eu queria que você fosse apenas uma memória,
e eu não desperdiçaria sonhos com você.
Eu fiquei em casa, e você onde estava?

Na minha sala tem um vaso intacto, uma flor murcha.
Fragmentos de papéis infestam o meu quarto, frases que eu escrevi para não esquecer (quando a hora chegasse)
E agora eu nem me lembro mais...
É a angústia da hora logo passar.

E nesse mês de saudade tanta coisa que eu quero ouvir da tua voz
Pedi mais um café para manter os olhos abertos, mas meu coração está à milhão.
Olho o relógio da estação,
e o meu, de pulso, está adiantado.
Eu acredito no que está mentindo ao meu favor.

Mais pessoas passam, e eu tento me distrair,
A chuva deixa o tempo sem pressa
Isso só me estressa
E nesse mês de saudade, tanta coisa aconteceu e eu queria te dizer

Meu sonho começou a trilhar, eu parei de mentir (tanto), estou sem grana e tive experiências ilegais, pensei ter sido assaltada, traí um amigo, me envolvi com quem mal conhecia.... Eu fiz desse mês uma aventura monótona.
É a angústia de quando você não está.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Motivos para mudar

Essas pessoas que se acham poetas, não conseguem encarar a realidade e distorcem qualquer verdade à seu favor, acreditam ser artistas e não são, são plagiadores que querem atenção. Eu não estou aqui pra jogar confeite em palhaços, a não ser que seja carnaval, e nem do carnaval eu sou muito fã, muito menos desses "carnavalescos" fora de época, independente da época, eu não gosto deles.

Eu nunca escrevi uma canção de amor, e nem que forjasse um romance eu conseguiria, e sinto asco de qualquer verso falso que ouço nas rádios. Nasci na época errada, eu queria ter vivido um evento épico, que fosse uma guerra, o descobrimento de algo que revolucionasse o mundo, que fosse um protesto, ou um romance trágico....Que fosse algo que eu me orgulhasse de ter visto, de ter vivido, de ter sido meu.

As palavras, hoje, viajam o mundo mais rápido do que nós evoluimos. E não damos valor a isso e pecamos por comodidade. Me prendo em meus próprios pensamentos porque quase não suporto ouvir a voz dos outros. É como se tudo que é dito, eu já ouvira antes, sinto falta, melhor dizendo, saudades, necessidades de surpressas. De ouvir, de ver, de tocar de sentir algo que me surpreenda. Entenda então o motivo de eu odiar os "autocondecorados poetas modernos", pois eles não surpreendem ninguém. Eles são plágio.

Eu prefiro só escrever, para ninguém ler, ou quem leia, me critique, me julgue, diga que sou ruim, que estou errada. Que isso me fará melhorar. Eu prefiro só escrever, pelo prazer de escrever, e não porque me acho capaz de escrever algo realmente digno. Eu prefiro continuar vivendo e falando mal do que não gosto, e escrever, descrever e apreciar tudo aquilo que eu gosto em viver.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Sonho Grande

Meu coração está palpitando e não é de euforia, e nem efeito colateral de alucinóginos de drogaria. É de tristeza, que tem nome, é a vontade de chorar sem ter motivo, é querer vomitar as palavras que não existem, é passar a noite em claro e o dia também. É essa fantasia de que um dia tudo o que eu recuso por estância irá me acertar violentamente que eu nem conseguirei respirar. E eu não me importaria em perder a respiração por alguns instantes, e voltar a superfície consciente...

É essa falta de assunto que me incomoda, e coça minha garganta, e meus dedos se movem mais rápido que meus pensamentos, eu não consigo escrever... E eu tenho vontade de ensurdecer e ligo a distorção no último, e meus dedos doem, assim como meus olhos, e meu pulso inchado, mais algumas notas e eu faço uma melodia totalmente diferente, eu só preciso encontrar o tom certo. E eu não me interesso por cigarros e nem fazer o que é errado, eu só quero o que me dá prazer e não me importo com o que é legal o não, eu preciso me sentir bem.

Meu coração palpita com a ideia de que no espaço de 2 horas em um dia eu posso fazer a realização pessoal de uma vida inteira. Eu sonho grande quando fecho os olhos, e eu queria a chance de lançar estes sonhos no ar em voz alta e o peito aberto. O que tiver que me acertar, acertará, e eu quase me acostumei com a dor. Continua incomodando. E eu só falo sobre mim porque eu não tenho mais nada a dizer, veja, essas quatro paredes me sufocando.

Meu coração palpita com a possibilidade de qualquer novidade, e tudo o que eu vejo é tragédia. Eu quero um pouco de calma, mas o silêncio me apavora, eu quero um abraço que está distante, eu quero os lábios que não mais me pertencem, eu quero a surpresa de um dia comum, e não ser tão confusa em meus pensamentos. Os dias que vão embora, e eu continuo no mesmo lugar, o capitulo que parece que eu não quero completar.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Visita

O ano passa e a saudade continua, é como se nunca tivesse mudado e ainda fossemos crianças no pátio do colégio.
E ver como mudamos, percebo que ainda somos crianças, fazemos brincadeiras infantis e jargões antigos. Frases que ainda existem, mas parece que perderam seu perfil encantador do tempo. É ver que podériamos nos encaixar, mas o tempo nos afastou.
Me deu vontade de te ligar. De ouvir sua voz, de sair e descobrir coisas novas, juntos. Fumar um cigarro pela primeira vez, escondidos e engasgar com a fumaça e rir disso. E não descobrir após anos que você está fumando loucamente, que sai pra beber todo final de semana e cometeu loucuras semi inconsciente.
Somos inconsequentes.

Saber que seus amigos são parecidos com os meus novos, porém diferentes. Os meus amigos tem sexualidade livre, bebem bebida barata, dormem na rua, gastam dinheiro ilegalmente, fogem de casa, se beijam por carência, selam amizade eterna em uma noite. Os seus são mais velhos e trabalham, saem de final de semana e te levam, você bebe as custas deles, seus pais confiam neles e em você, você vive as mesmas experiências que eu de forma diferente.
Me deu vontade de te ligar, botar o papo em dia, lembrar do que tinhamos em comum. Te encontrar em algum lugar, saber da sua vida.

O ano passou e 2010 só tem um motivo e um mesmo objetivo pra mim, eu queria que você participasse pelo menos uma vez desse espetáculo. Você que riu, e achou que era brincadeira de criança, mas eu quero viver em meio a instrumentos, estúdios e públicos. Vem me visitar. Eu posso te visitar? Uma tarde qualquer, você está livre esses dias?

A gente mora na mesma cidade, e eu não ouço de você há algum tempo. Você ainda está no mesmo colégio, que é perto do meu, e eu não tenho visto você. O ano começou e eu quero que esse ano seja diferente do passado. Que os dias sejam melhores e iguais. E que você não seja apenas mais um semi-conhecido. Eu não quero ser uma desconhecida.