Pra quem nunca sabe o que dizer, ficar sem dizer, é uma rotina. Ausência de palavras, não remete a ausência de pensamentos, mas tudo o que penso me leva a somente um lugar. Eu posso controlar o que digo, mas não o que sinto, e se quando minhas mãos só querem te alcançar, e você está aqui, na minha frente, mas só na minha frente... o que fazer? Como agir?
É mesmo assim, tão distante, como sonhar ir ao Everest, e acordar no sofá. E pra quem nunca sabe o que quer, sonhar com algo grande, é uma vitória. Falta de sonhos, não remete a falta de objetivo, mas tudo o que faço é dirigido pelo mesmo pensamento. E que pensamento é esse, que se resume em palavras e curvas, em música e toque, em movimento e dança, em....deixa pra lá, é coisa de mais...
E pra quem não sabe nem o que falar, querer escrever, é pretensão demais, e eu ainda não sei o que estou fazendo aqui, por que eu continuo insistindo.... Talvez não houvesse tanto a dizer, se não houvessem tantas dúvidas em mim. E cada dia que passa, eu escrevo minhas confissões, pois peco cada vez que questiono, que olho, que penso, que quero, que toco, que faço, e me arrependo.
Eu pensei que estive aqui em algum lugar, vermelho, quente e rápido, mas tudo que vejo é um buraco, e sempre que cresce mais, dói. Dói em mim e em outro alguém, quase inevitável.
Quando uma criança cai de bicicleta, fazemos um curativo no local.
Pena que não existe band-aid para o coração.
Existem coisas que significam muito, outras são passageiras, outras não significam nada, e eu não sei onde fico.
Fico aqui ou acolá, peço pra ficar ou um beijo de despedida, digo que sim ou que não? Eu não sei onde ficar, eu não sei o que fazer. Eu só sei que vai se quebrar....