domingo, 7 de novembro de 2010
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Viagem
Há dois meses atrás,
eu imaginava minha vida na capital,
trabalhando em um bom título,
virando a madrugada com arte,
e todo final de semana em um lugar diferente.
Dividindo um apartamento
apertado,
e todo mês no vermelho,
tanto no banco
quanto o rosto,
de felicidade seria.
Era a vida que eu queria.
Hoje eu já vejo minha vida no interior
Ou em outro estado,
trabalhando em um bom título,
virando a madrugada nos livros,
dividindo um apartamento,
apertado,
e todo final de semana
voltando à capital,
visitando meus pais,
e os poucos fiéis que me restaram.
É a vida
que o futuro me reserva.
eu imaginava minha vida na capital,
trabalhando em um bom título,
virando a madrugada com arte,
e todo final de semana em um lugar diferente.
Dividindo um apartamento
apertado,
e todo mês no vermelho,
tanto no banco
quanto o rosto,
de felicidade seria.
Era a vida que eu queria.
Hoje eu já vejo minha vida no interior
Ou em outro estado,
trabalhando em um bom título,
virando a madrugada nos livros,
dividindo um apartamento,
apertado,
e todo final de semana
voltando à capital,
visitando meus pais,
e os poucos fiéis que me restaram.
É a vida
que o futuro me reserva.
sábado, 28 de agosto de 2010
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Queda Livre
Existem casos e casos, mas esse caso eu nunca pedi pra existir... Ora eu lutei por esse lugar, porque eu não posso tê-lo ? E agora estou sendo privada do que é meu, sem ao menos a consideração de aviso "Não te quero aqui".
Despedacei.
Desmoronei.
Eu fui, lutei e venci, por algumas semanas, uma segurança que eu nunca tive, e passei quase um mês na corda bamba, onde atrás de mim era puro vazio, a ausência total de cores, vida e sentido, e ao meu redor, uma sensação pastel, de tons beges, e um sorriso de flash proposital, e na minha frente, onde eu quero chegar, tudo vivo, vermelho e quente.
Mas eu caí.
No chão ainda não cheguei... Tô ainda nesse meio tempo, entre a corda e o chão, só o ar e meu corpo... caindo.
Eu ainda quero chegar do outro lado, minha alma que meu corpo abandonou, deu tchau e não retornou, resiste equilibrada naquela corda, com a sombrinha em mãos e uma expressão de palhaço persistente - aquele esforçado, mas sem graça nenhuma.
Meus olhos no corpo em queda livre olham essa cena com sentimento de burguês vendo uma criança no farol. Sente pena, mas consente. E a lágrima que escorre... é do vento que bate.
Despedacei.
Desmoronei.
Eu fui, lutei e venci, por algumas semanas, uma segurança que eu nunca tive, e passei quase um mês na corda bamba, onde atrás de mim era puro vazio, a ausência total de cores, vida e sentido, e ao meu redor, uma sensação pastel, de tons beges, e um sorriso de flash proposital, e na minha frente, onde eu quero chegar, tudo vivo, vermelho e quente.
Mas eu caí.
No chão ainda não cheguei... Tô ainda nesse meio tempo, entre a corda e o chão, só o ar e meu corpo... caindo.
Eu ainda quero chegar do outro lado, minha alma que meu corpo abandonou, deu tchau e não retornou, resiste equilibrada naquela corda, com a sombrinha em mãos e uma expressão de palhaço persistente - aquele esforçado, mas sem graça nenhuma.
Meus olhos no corpo em queda livre olham essa cena com sentimento de burguês vendo uma criança no farol. Sente pena, mas consente. E a lágrima que escorre... é do vento que bate.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Ah vá.
Eu pensei mas não falei : " eu cansei, e vou sair desse lugar."
E a saudade, onde fica? Onde cabe? Que no meu peito, não tem mais espaço para guardar, e o meu peito, nem meu, queria mais que fosse... No momento, o que sou é só esforço de ser alguém melhor,pois tudo o que tentei, eu fracassei. Meu orgulho saiu para passear, e deixou a porta aberta, e nisso veio o furacão. Que resolveu em mim, morar.
Eu fui diminuída, mas fiquei onde estava até terminar de ouvir... que tudo, até aquele ponto,o que eu achava que era certo, estava errado. Para mim, a vida estava bossa-nova, uma mistura de jazz com samba. E do outro lado, a vida era grunge, nada romântica.
Tem algo emocional nisso tudo, que diferente de tudo que eu conhecia e era, envolve duas partes, e não se trata mais, somente de mim. Queria eu que a vida fosse tão simples quanto queria, e tão feliz quanto eu imaginava.Queria eu que fosse fácil, mas se fosse fácil, perderia a graça de viver. Pois como dizem, cada dia é um desafio. Mas que bosta.
sábado, 12 de junho de 2010
Eu nunca soube.
Eu não saberia te explicar como me tornei assim. Eu estava rodeada de rostos conhecidos e amigos, mas mesmo assim não era eu, eu não estava em mim. Eu queria um abraço, mas não estava a fim de responder ações e perguntas. Senti como se eu flutuasse a casa que chamo de lar, observando as pessoas, as vidas alheias, mas eu estava ali, eu fazia parte daquelas vidas. Mas aquelas pessoas não faziam parte da minha vida, alheia. No final, peguei um disco de uma das minhas bandas favoritas e fui ouvir, pensativa.
Eu confesso que estava ouvindo baladas românticas, trilha sonora de cena de filme adolescente dos anos 80, pois é. Você sabe, aquelas musicas que você considera brega, mas um trechinho você canta. Porque isso me tira do lugar onde estou. Eu queria estar em um lugar seguro, e eu sei onde encontrar um lugar seguro, eu só tenho vergonha para pedir pra entrar. E além de vergonha, eu tenho meu orgulho, e meu ego grande demais para admitir que aqueles braços me dariam o conforto agora.
Eu quis conversar contigo, como nos velhos tempos, quando era eu e você e a ilusão. Eu achando que seria mais um, e você achando que seria a vida inteira. Ou pelo menos um tempo, que duraria para sempre.
E onde te encontro agora, se não for em uma mesa de sinuca no bar? Qualquer lugar assim, sujo de espírito, a cerveja caída na mesa, a fumaça de cigarro lá fora com o vento. E eu em qualquer lugar, menos perto do cheiro de nicotina, pois o que sinto cheiro, não é público.
Confesso que gosto dessa vida, de amigos vagabundos, de risadas vazias, de carência, vontades e arrependimentos. Mas por um dia, que fosse qualquer dia, eu queria sentir a segurança que eu nunca senti. Algo que nem sei explicar...algo que eu ainda preciso entender. E me acostumar.
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Depois, outro dia, outro lugar.
Quando eu te peço pra esquecer, é porque quero te fazer lembrar de tudo que passou
Quando eu te digo que não penso, é porque eu não paro de pensar
Quando eu tento me esconder, é porque eu só quero te mostrar o que eu ainda sou."
Esteban - Segunda-Feira.
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