Francamente eu não me vejo no meu melhor. Tem coisas que o mundo não pode tirar de mim, coisas que talvez mudassem o que sou hoje. O que me acontecesse hoje, eu não tenho quem culpar, talvez seja o tempo que separa o que foi verdade e o que eu gostaria de fosse. Eu descarregaria minha raiva em um só sábado, essa angústia que eu tenho durante os dias, 6 horas por dia... Mas eu prefiro não, seria desperdício de energia, e me desgasto nos papéis, nos riffs, e no vento. E peço, quase implorando, para fazer somente o que estamos ali para fazer, sem desperdiçar saliva, a melodia exige tanto de nós e nos preocupamos mais com as palavras.
E quando me permito dizer que estamos prontos para o que for, estou disposta ao que pode vir, sou privada dos pensamentos, isso fere meu orgulho, um simples "cale a boca" vindo da pessoa que menos espero, fere meu orgulho e me desanima. Eu não estou gostando mais dessa brincadeira, eu quero ir embora. Se esse sonho não for meu também, se esse sonho não vier de mim, se eu for apenas quem executa...eu prefiro ir embora, não quero me esforçar para construir algo, se eu não for o arquiteto.
Segundas-feiras são exaustivas. O pior é que elas se arrastam. Até sexta -feira. Mas sábado já parece segunda, e domingo também parece segunda. Imagine só, uma rotina de segundas-feiras.
Eu não respiro um momento meu, eu respiro letras, reinos, nomes, lugares, artes e os prazeres? Restrito a um único dia. O dia da dor de cabeça e zunido no ouvido, o dia que eu fujo de casa. E de que adianta tanto sacrifício por algo que não me dá retorno? Ah, estou tão imediatista esses tempos...esqueço do longo prazo e das estações seguintes. O ano não é feito só de verão.
Ah, mas os verões deixam qualquer ano um pouco melhor. Isso é, se você gosta de calor. talvez você só precise de férias dessa rotina de segundas feiras.
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