quarta-feira, 17 de março de 2010

Coração tão grande que dói

Lá fora acontece um incêndio e na minha mente o silêncio. Não é tão difícil passar em branco, quando tudo se resume em barulho. Daqui uns anos isso acaba. Daqui uns dias eu me esqueço do que aprendi. Daqui um tempo eu estarei revivendo tudo agora.


Eu vivi os dias passando rápido por eles nos fatos, resumidos em livros, e no meu punho dolorido de escrever, e meus olhos cansados de ler o que minha mente não decora. Eu quis deita sobre o papel um poema, mas sobre o quê? Se meus dias, emoção não tiveram...nem o mar,nem a chuva, nem o beijo...

Seguro-me firme, pois tem um buraco no meu coração e o sangue não pode vazar. Lógico, porque se não eu morro. E o sarcasmo é o disfarce da infelicidade.
A verdade é que eu amo quando você fala muito, e age como se não fosse suficiente, eu ouço as músicas do meu pai, e desenho no meu caderno para afastar o amadurecimento (consequentemente o envelhecimento) que me alcança.

Tudo se resume em diálogos sem sentido, pois afinal as pessoas nunca se entendem, eu não quero nada demais dessa vida, eu vivo bem com minhas dúvidas, a minha confiança na árvore da praça, e a desconfiança do reflexo na poça d'água.

Seguro-me firme, pois meu pulmão é fraco e meu coração frágil, chega a doer como é fácil ver através de mim. É tão óbvio assim as minhas constates? Vamos disfarçar com uma dança, a gente logo cansa, senta no chão e ri. Rir é o melhor remédio quando estar vivo é quase uma doença.

E doença que no final a gente morre e qualquer forma. É fato. Ponto. É isso, mas não acabou o texto. Eu digo ainda mais, porque quero escrever e enrolar enquanto bolo algo pra dizer.

Mentira. Eu só quero desculpar essa falta de anteção que eu tenho no dia-a-dia, tem um incêndio lá fora, e na minha mente o silêncio, eu ouço as músicas do meu pai, pra sentir mais próxima do que ele é. Eu preciso de motivos, e motivos a vida não é sobre.

Um comentário:

  1. Seguro-me firme, pois tem um buraco no meu coração e o sangue não pode vazar. Lógico, porque se não eu morro. E o sarcasmo é o disfarce da infelicidade.
    A verdade é que eu amo quando você fala muito, e age como se não fosse suficiente, eu ouço as músicas do meu pai, e desenho no meu caderno para afastar o amadurecimento (consequentemente o envelhecimento) que me alcança.



    oi, por onde você me espia?
    ótimo texto (L)

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