quinta-feira, 8 de abril de 2010

Crença

Eu sinto frio de corpo e de alma, um cobertor não é suficiente para me acalentar, eu quero o fogo. Um fogo que mude de cor, mas nunca e intensidade. Eu sinto sede de paz de de água, eu não quero um copo apenas, eu quero um rio com a imensidão do mar, e calma...navegar pela geografia humana, que seja sempre a mesma, e que mesmo assim, me surpreenda.
Eu quero a ferocidade e a ânsia da juventude, e sem responsabilidade, ver estradas em outros olhos e ver as curvas pelo corpo, sentir as mãos geladas, pelo vento e velocidade, acelerar...
A sensação de que a morte se aproxima, e que aquele é o último momento, e de tão belo, a morte senta e resolve esperar... mas a vida não espera, e quando menos se espera, ela se manifesta e transforma tudo em uma fotografia, que fica somente no desejo dos lençóis.
Respirar fundo, no mesmo ritmo, o compasso, as mãos, e o peito quando se encontram, e numa explosão de cores e movimentos, na mente, e no escuro, tudo se conforma como real, e se confortam com a vontade do mesmo desejo realizar, é tão naturalmente errado, o ato de gerar vida pelo prazer...
A ilusão de ir ao paraíso e voltar, e a morte ainda ali sentada e observando, em um breve momento de uma eterna hora, acordar e sentir o vazio das ondas no lençol, e passar as outras 24 horas do dia com frio e sede. Mas que isso se foda, quando não se crê no amor.

Um comentário:

  1. Eu fico muito feliz de encontrar outros curingas *___* nesse baralho chato!

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