domingo, 6 de junho de 2010

Petúnias no Jardim.

Sexta-feira, 4 de junho de 2010

Eu li tantos livros nesses últimos dias, as palavras que eu digo nem minhas são mais. Mas o que se passa aqui dentro não é plágio de ninguém. Porque o que se passa aqui dentro, é quase nada perto de alguém.

É dor, é pena, é um sofrimento que não é meu. É repetir a mesma ação em um lugar, onde as horas do dia demoram pra passar. É ver a rotina maltratando, refletida nos olhos de quem menos merece.... Os remédios na gaveta, as bitucas de cigarro, que a essa casa não pertencem.

A loucura atingindo entes queridos.
E o que resta para ser feito? Pagar os pecados desta vida, olhando pelo outro, ora, isso só alivia a consciência daquele que algo deve.

Tristeza.

É angustiante, dolorido, sentir-se impotente, incapaz. Olhar a Morte atravessar a sala de estar, sentar-se à beira do leito, tomar um café amargo. Enquanto a nós, anfitriões de uma visita indesejada, nada nos resta. Além de nos conformarmos que, quando Ela for embora, destruirá o jardim.

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