Os sotaques da sua língua me salivam a boca,
mastigando cada canto do seu casto
Sorrindo com os olhos fechados,
eu vejo agora, eu vejo agora
uma alma que antes eu não sentia
e deslizam meus arrepios
sobre os seus.
Fazendo cada sombra nesse quarto
as vezes duas, uma,
numa dança movimentam-se
aos sons dos pulmões
os corações
sendo os seus, os meus.
Os meus, os seus.
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