sexta-feira, 11 de março de 2011

2

Os sotaques da sua língua me salivam a boca,
mastigando cada canto do seu casto
Sorrindo com os olhos fechados,
eu vejo agora, eu vejo agora
uma alma que antes eu não sentia
e deslizam meus arrepios
sobre os seus.

Fazendo cada sombra nesse quarto
as vezes duas, uma,
numa dança movimentam-se
aos sons dos pulmões
os corações
sendo os seus, os meus.

Os meus, os seus.

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