Um brinde!
Brinde ao corpo sem alma,
Ao coração sem par,
Ao futuro sem casa,
Ao frio na pele,
e não nos ossos.
À tua indecisão,
ao descaso,
à comodidade,
ao teu sim que é não.
Um brado!
Aos fracos apaixonados
e apaixonantes,
iludidos,
aos que costuram rugas e sorrisos,
com as veias frágeis do coração,
aos que emendam numa só expressão,
a preocupação e felicidade
e reclamam,
-reclamam os ingênuos!-
quando os lábios caem, estourando os fios secos
sentindo o rompimento escorrer,
reclamam!
tecem as lágrimas!
ingênuos.
Um brinde.
Aos que amam.
Sem o medo da correspondência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário