Sinto falta da ansiosidade oceânica
Hoje, a calmaria me atormenta.
Nesses tempos arenosos
tudo é sólido e passa a frente de meus olhos.
Escolhi não ver,
não sentir,
nao ouvir
A dor pinga em gota d'água no alumínio,
enferrujando a voz e a força do pensamento.
Não me incomodam os hábitos,
me cansam a um estado de letargia,
deixe estar, que assim está e continua.
O retardo do tempo de amadurecer,
a fruta apodrece com a casca verde,
e o olfato denúncia o que a visão ignora.
- eu sinto sem saber.
E deixe que estar, que assim está
tudo é sólido, desgasta,
nada flui.
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