quarta-feira, 25 de março de 2009

conversa com o espelho.

Um dia chuvoso limita minhas opções de atividade, então eu fico lendo e relendo aquela carta ( se é que posso chamar de carta, já que nunca será entregue ao destinatário).

Eu nunca acho que está boa o suficiente.Eu sempre acho que poderia ter escrido mais. Ou melhor. Ou nãoter escrito nada. Me vejo então, empenhando a caneta à frente do papel. Um papel novo, limpo e bonito. O maior cuidado para não amassar, quero ele intacto, é de grande importância. Como se fosse minha própria carta de aforria. Mas estes tempos já passaram, a situação é outra, mas as condições são bem parecidas.

Encho meu pulmão de ar, com todas as silabas que ali pairavam, na esperança que formem palavras, frases, versos que façam algum sentido para você. Até então, não tive problemas.

O problema está na ordem, nas vírgulas, nos parágrafos. Nenhum curso de redação poderá curar isso. A pressa é tanta das palavras me fugirem e te encontrar, que uma atropela a outra, e a carta se torna redundante, confusa, e sem sentido.

O papel novo, limpo e bonito agora não passa de uma mancha azul no infinito do meu quarto -quatro paredes, um abajur, e tanto faz o resto- uma mancha azul.

É assim que posso resumir tudo oque pretendia, tudo o que sentia- Uma mancha azul no infinito que nos separa.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Só de observar.

Oh me, Oh my.

Pois então, passou-se o Carnaval, e bem, amigos, acho que posso dizer que tive algumas aventuras nesses dias de folia, digo, foram situações pelas quais não havia passado anteriormente, como subir a serra com o carro guinchado, e para mim, foram marcantemente diferentes, entre essas e outras situações que agora no momento, não pretendo escrevê-las, afinal, não é sobre o Carnaval que desejo escrever sobre.

Como de costume de quando venho escrever crónicas, se é assim que posso dizer, sobre o meu dia, eu descubro, ou realizo alguma coisa que foi marcante para o dia, essa postagem não será diferente. Bem meu dia começou com uma sensação boa, acordei disposta, e fui para a escola disposta em ver meus amigos, e com toda essa disponibilidade, sobrou também para prestar atenção às matérias.

E ao decorrer das primeiras aulas, acabei ouvindo coisas que, na minha condição, foram mais do que agradáveis de ouvir, por outro lado, disse coisas por impulso que até a mim surpreenderam. E a quem mais poderiam surpreender? Mas com muita astúcia (uma palavra um tanto estranha, mas veio a minha cabeça e senti necessidade de utilizá-la) mantive ainda a calma para não deixar escapar coisas que não deviam e nem devem, ser ditas.

Porém, a reação que recebi foi muito ao contrário da qual eu esperava, foi positiva. E isso me deixou animada, dando continuidade ao meu dia que desde cedo havia começado bem. E não foi somente uma reação, foram duas, três, e a minha também.

Amanhã, um novo dia, e espero um tão bom quanto este, não houve nada demais. Mas foi bom. Foi especial.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

A gente sente para aonde o vento leva;

É tudo igual e não tem como não falar de amor.♥

O vento afasta a esperança
E eu esperaria para sempre
Mas sei que não há retorno
É tão comum as pessoas se afastarem

Pra mim, ainda parece que você vai me ligar
E pedir para eu chegar logo
E vai me esperar na porta
Porque você quer conversar
Sobre todos os assuntos
E eu sei que eu não tenho argumento diante da melodia teatral da sua voz

Ei, meu infinito particular
Não se dissipe do encantamento modesto de seus olhares
E sorriso, e abraços que eu desejo serem todos meus
Que eu desejo o seu desejo...

Tão infeliz eu não te completar
- A satisfação momentânea faz jus ao nome

Minhas energias são todas gastas em qualquer risada, em palavras, em garrafas de cerveja ou a bebida mais barata
Eu me entupo de cigarros e meu estômago embrulha
Só de ver que você é um inteiro
E eu sou apenas meio.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Pandora

February, 15th, 2009

A tragédia que eu tanto pedi, enfim teve início / eu aceito a condição de ter aberto a caixa / E acredite em mim quando digo que estou disposta a mudar a situação /

Não sabia do mal que minha presença pode causar / Eu não sou capaz de aceitar que fui eu que te deixei ao chão / Eu não sou capaz de aceitar que meu orgulho é o causador da tua dor / Não foi planejado dessa maneira

Peço perdão por ter vindo ao mundo e causa sua destruição / O caçador dessa vez sente o sofrimento da presa / A minha dor se confunde com o medo de enfrentar a vida fria da sala de estar / O que eu fiz, não tem perdão / Os erros estão feitos, e eu contribui para eles se espalharem

Uma vez que chorei por amor / Minhas lágrimas agora rolam de arrependimento/ De que adianta? Agora que eu dei o ponto final . / Eu não me orgulho de nenhuma palavra / E aposto que sua decisão não foi a mais sábia / Nenhuma de nós foi / Porém são justificáveis

O lobo agora tem consciência de seus atos / Mesmo racional, não posso mudar minha natureza homicida / E como vou mudar minha imagem?

Como vou parar de queimar essas almas e de destruir meu lar?

Embriaguez não pode ser a última saída / Eu não sei como essas cicatrizes poderiam não ser lembradas / Estão cravadas em meu peito / E dói dez vezes mais ver que são em você e não em mim / A imagem que nunca deixará minha existência / Se é que mereço continuar existindo . . .

E como me desculpar se as palavras não significam nada?
Perdão...
Desculpa minha culpa, quero aliviar sua dor
Perdão...
Eu não fiz por querer, e vejo agora porque não mereço o seu amor
Não digo nada da boca para fora, são sílabas que monto volutariamente e expontâneamente com o ar que puxo violentamente para meus pulmões e poder expelí-las da forma mais significante possivel.
Morro de medo de não ser capaz de te recompor.
Por favor, vamos começar de novo?
E dessa vez será mais fácil dizer
Eu te amo.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Volta e meia;

Estou triste. Não melancolica, nem depressiva, só triste. Sinto que está faltando alguma coisa, e nada nem ninguém que eu tenha buscado pôde suprir essa falta, suprem momentaneamente, me deixando mais alegre, e me fazendo esquecer que estou um tanto cabisbaixa, e devido a essa minha tristeza tenho tido, digamos, uma crise existêncial, se é que posso dizer assim. E notei a poucos antes de escrever aqui, uma pessoa que eu sempre quis bem, só de olhar a foto do individuo soltei a frase "que vá para o inferno você e suas rosas". Pois bem, me arrependi.
Primeiro porque amo rosas. Segundo, bem, não há um segundo motivo.

Voltando a mim, porque eu quero que tudo gire em torno de mim e da minha crise existêncial,afinal foi para isso que comecei a escrever aqui, para contar dos meus problemas, e realmente eu poderia procurar um psicólogo ou analista ou teraupeuta que por fim acaba sendo a mesma porcaria, mas a única diferença entre escrever aqui e procurar um profissional, é que, o profissional é pago. E ele dá opiniões. A última coisa que eu quero é definitivamente opiniões, e acredito que estou em vantagem, já que sei que esse blog não é lá dos mais visitados, aliás, está bem longe disso.

Voltando ao assunto antes que surja outro desvaneio, ultimamente andei pensando muito no que uma vez me foi dito, que eu sou muito compreensiva. E fatos ocorridos ultimamente está me fazendo mudar essa minha postura, estou me opondo e mostrando minha opinião, eu não posso compreender apenas o que é me posto como "dever", oras estou, de coração, cansada. Só preciso de espaço, e de respirar, é muita pressão em cima de mim sobre tantas coisas... Acho que finalmente farei um post mais do fundo do coração sincero e direto...

Eu não sou tão forte assim, eu não sou tão capaz. Eu não quero essa vida que me foi imposta, eu quero o MEU caminho, são muitas coisas que estão jogando em cima de mim, que estão me exigindo, um emprego, academia, amigos novos, amigos antigos, o curso de inglês que eu não quero mais voltar, um curso de outra lingua, aula de guitarra, aquele colégio infeliz que suga todas minhas energias, vestibular, a banda, falta de dinheiro, meus pais, pára! Pára! Eu sou uma só, deixa eu fazer as coisas no meu ritimo, deixa eu tomar o meu tempo...

Poxa, eu sinto vontade de fazer tantas coisas, mas sob pressão quem vai fazer isso com satisfação? Eu não consigo, eu não mereço, eu não quero, e não desejo isso. Pra mim e pra ninguém.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

qualquer texto ao voltar para casa.

Você acredita que amor possa atravessar todos os obstáculos? Dentro de mim, sinto uma divisão. Pois sei, que esse é o sentimento mais puro e poderoso que existe, mas sei também que amar é ceder, e sei mais ainda que seres humanos tem falhas, ora pois, sou uma deles. Pode acontecer de o egoismo, egocentrismo, que seja, o próprio EGO falar mais alto. E isso não dá chance pro amor entrar.

É tão idiota e repetitivo falar de amor,mas oras, uma onda de fatos hoje me fez refletir sobre isso, sabe "o inteiro que completa minha metade", " quando juntos somos um, separados somos nada". Até irônico ter essas frases em mente quando o que me fez refletir foi um filme de comédia, mais precisamente Se Eu Fosse Você. No fundo você percebe uma mensagem destinada a casais em crise, bem eu não estou em crise. Nem meus pais. Porém, isso não me impede de pensar.

Como em meu blog, eu escrevo sobre meu cotidiano, mudarei quase bruscamente o que estava escrevendo até então, mas não deixa de se tratar de amor. Uma das formas de amor, e de amar. É que simplesmente existem coisas que você sabe que nasceu para aquilo, e existem tantas coisas que te puxam contra, como dizem, remar contra a maré. Ah, eu penso em desisitir. Penso de fato, de estragar tudo para me estabilizar e ter certeza de uma forma de sobrevivência, e não me arriscar. Ah eu penso em desisistir, as vezes parece que estou mesmo desistindo.

Na outra mão, eu quero me esforçar mais, quero provar à todos e a mim mesma que sou capaz, que EU consigo. Mas eu preciso de ajuda, e bem nesse quesito eu estou até, digamos, bem. Quando você tem pessoas ao seu redor que acreditam na mesma coisa que você , tudo facilita. E então, surge o amor pela crença do que você quer, do que você acredita, do que você tem talento. Mas para isso é preciso planejar e tentar. E Deus sabe, que eu estou disposta a tudo que vem pela frente. Ah estou.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

E a vontade de cantar.

Era tudo o que eu queria. Que aquelas pouco mais de duas horas não terminassem jamais, e que eu ficasse ali eternamente com um sorriso entreaberto só observando e conectando tudo aquilo com o que eu já conhecia. O desconhecido é fascinante, a comparação inevitável, então surgiam nomes, lembranças, e lugares em minha mente. Era tudo o que eu queria, ficar ali, mesmo com dor, mas aliviada, ouvindo atentamente todas as palavras que iam diretamente aos meus ouvidos e eram absorvidas pacificamente pela minha mente. Qualquer coisa que eu ouvir, eu aceitarei. É pecado assumir isso?

Era tudo mentira. Aquela árvore nunca existiu, nem aquelas nuvens, muito menos o céu. Nunca foram reais. Por isso eram tão perfeitos, e eu queria essa perfeição para mim, para guardar, comigo, e poder observas assim, quando eu quissesse, na hora que eu quissesse, e juro, não compartilharia com ninguém, nem que me pedissem, nem que me implorassem, eu não deixaria. Aquelas duas horas e um pouco mais, nunca existiram, mas Deus, como eu desejo voltar ao tempo e fazer aquelas duas horas serem as outras 22 horas que completam cada dia da minha existência aqui na Terra. Ainda estamos no começo dos 365 dias, e eu já desejo que o resto desses 359 dias sejam todos iguais, completos por aquela adorável fantasia.

As palavras que eu disse nunca foram minhas, tudo plágio, eu copiei e não tenho vergonha de assumir que eu gosto de usar quotes de desconhecidos. Essas frases decoradas de cartões comemorativos são contagiantes, mas as frases que mais me fascinam são aquelas que eu não consigo retrucar, e por Deus, você tem esse dom. De me tirar do sério, de não querer estar ao seu lado, mas mesmo assim guardar você embaixo de uma abobada estrelada em cima da minha estante. Já começo 2009 assim.

Sentei naquele lugar e fiquei observando atentamente cada movimento, reconhecendo cada palavra, cada gesto, soavam tão familiar, eu podia ligar tudo o que estava acontece aos personagens da minha vida real, mas os meus personagens, não poderiam ser comparados àqueles daquela vida real. Ou não. Os olhos, os lábios, os cabelos, eram tão convidativos. Por isso eu fiquei ali, eu não quis sair dali, daquela duas horas, e mesmo que eu não estivesse com relógio, eu sabia que aquele tempo iria acabar, eu faria dali, a minha casa se fosse possivel, transferir tudo aquilo para mim.

Naquela segunda-feira, eu pensei o dia inteiro nele, não que eu não faça isso sempre, mas é que em especial, eu sonhei com ele, e desde a hora que acordei, até a que fui dormir, senti ele presente na minha mente, eu conseguia montá-lo fielmente, o cabelo, os olhos, as orelhas, o sorriso, seus ombros, porém em vão. Eu sou incapaz de distinguir sonhos, desejos, músicas, filmes, fotos e realidade. Para mim, tudo isso faz parte da minha vida.