quarta-feira, 15 de abril de 2009

Introspectiva.

Sem emoção,
nem movimento.
Apenas desenhos.
Colecionando fotografias, ela cria diálogos e situações,
e mergulha inteiramente na sua vontade
de ter uma vida compartilhada com algum motivo
que complete o seu de existir.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Superinflando o ego

Eu sou muito foda.

Só para eu me sentir bem.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Seu nome é sua virtude

Seus lábios são labirintos que me chamam.

Essa parte eu não me lembro bem, não sei se eu que adicionei, se ouvi bem, se eu que quis que fosse assim... Eu só lembro de um nome. E mais essa parte também:

Eu fui sincero como não se pode ser

Mas eu falei sem pensar, com o coração em uma mão, e na outra uma arma de corte.

"Eu olhei nos teus olhos quando você me disse isso, agora olhe nos meus."

Eu queria tanto que o silêncio se explicasse por si só. Eu não tenho coragem de te olhar, como você disse, "um olhar de desprezo" ou algo parecido. Não tenho coragem de te olhar, não assim tão diretamente.

Eu não consigo ser assim, assim como? Assim eu não sei. E não me importo agora. Com nada agora. Nem com o agora. E escrevo sem me importar com consequências, com compreensão, ou interpretação.

Só sei que subi lá e arrebentei, vomitei tudo para fora, o mais alto que consegui, o mais sujo que poderia sair, o menos óbvio e esperado. Vai me dizer que não te surpreendi? Pode me elogiar depois, pelo espetáculo.

Morri e resurgi, precisei sentar e respirar. O que acabou de acontecer? Foi assim... pisquei os olhos e já estava em casa, com os ouvidos zunindo, ouvindo aquelas vozes, como se fosse virar pro lado e encontrá-los.

Fiquei atônita pelo resto da tarde, do dia, e a noite, o que acontece a noite? Repaginando e reconsiderando foi melhor assim. Foi? Não me responda mas haja como se nada houvesse acontecido no dia anterior.

Sou uma desconhecida... mas posso provar o contrário.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Tudo que eu ainda não vi.

Eu quis o perigo, e até sangrei sozinho, entenda...
Tentei chorar e não consegui.

De que vale um espelho, se vemos apenas um reflexo? Nunca é um inteiro. Nunca somos inteiros... E, se ao olhar o espelho, eu vejo minha imagem, ao contrário, quer dizer que é assim que as pessoas me vêem? Ao contrário do que sou? Se é que sou...

E se não sou um inteiro, e as pessoas me vêem ao contrário, quer dizer que elas vêem a metade que me falta? Mesmo que eu não saiba dessa metade, ou que saiba, ou que eu finja saber, ela existe mesmo?

Ou é um vicio de usar pessoas para desculpar meus erros? São coisas que eu, obviamente, não admitiria que faço. Mas só por dizer isso, estou admitindo, e você irá me desculpar por isso?

Eu me revelo minhas dúvidas em poucas linhas,e não ligo, porque sei que é tudo redundante, nenhuma resposta me satisfará. E eu não procuro respostas, as perguntas já me valhem.

As pessoas que procuram respostas são as que morrerão cheias de dúvidas.

E eu tenho lá minhas dúvidas.

domingo, 5 de abril de 2009

A competição que nunca ganhei.

Não é novidade que eu não tenho em meu quarto algumas medalhas, condecorações, troféus, prémios nas minhas estantes. A verdade é que eu nunca fui boa em competições, tanto individual quanto em grupo. Para mim sempre levei apenas na brincadeira, eu só queria me sentir bem. Ganhar...não sei se é tão importante assim.

Isso me afeta de forma tão direta, pois raramente vou atrás do que eu almejo, ou faço um esforço para conquistar algo. Não tomo riscos. E neste ponto da minha vida, no qual estou prestes a completar 16 anos daqui alguns dias, percebo que minha evolução, como ser humano, foi lenta e pequena. Nem sei se posso dizer que houve evolução.

Acontece que, ao parar e observar o que ocorria ao meu redor, percebi que muitas pessoas que eu julgava conhecer, mudaram tão bruscamente, que eu me senti estagnada e congelada em um momento, que eu não sinto vontade de sair, mas ao mesmo tempo eu sou levada, quero dizer, eu me deixo ir conforme o momento. Mas a escolha deveria ser minha. E eu escolhi, não escolher. É como se eu simplesmente assinalasse Nenhuma das Alternativas Anteriores.

Ao mesmo tempo eu sei que não posso continuar assim, nem pelo futuro previsível. Digo, o futuro que finjo prever. Solução? Pra começar, não sei se isso é um problema. Ou apenas uma característica da minha personalidade. Mas essa "característica" está, na verdade, me limitando. Pois sei que não posso continuar ou querer ser algo que não me beneficia.

E toda essa história me deixa vulnerável, na posição de caça, e nunca de caçador. E quando cantarei minha vitória? Mesmo ela estando longe, eu quero poder dizer que consegui isso com meu esforço. Ah, assim, até parece que as coisas vêm ( esse acento existe? ) fácil para mim, pelo contrário. E por esse motivo, muitas vezes elas nunca chegam.

Apesar de ter o meu objetivo estabelecido, os meios que procuro para chegar até lá não são os mais viáveis, e muitas vezes são tortuosos e isso me distrai do que havia planejado no inicio. E acabo demorando tempo demais para me fazer desistir. E Deus sabe, eu não gosto de desistir. Mas é a condição.

E para a desistência não ser mais uma opção, os riscos que devo tomar são maiores, o que me deixa assustada, já que sempre viso a segurança, pois sempre, as chances de perder e de me quebrar são muito maiores do que a chance de cumprir o estabelecido. Preciso de um alicerce mais firme, para que eu não precise mais ter medo de arriscar e de me machucar.
Eu sei que se eu cair, vou me levantar.

sábado, 4 de abril de 2009

Siga o Mundo.

A repressão dos meus desejos? Admito, bigodudo, o senhor tem razão. E não me acanho e logo digo que minha curiosidade é tamanha para saber mais sobre o que quer dizer, sei porém, que irei discordar e discutir, afinal, isso já faz parte de mim. E indubitavelmente (ah, santo dicionário) irei me contradizer, por vezes não por palavras, por atos, mas por pensamentos, e alguns deles que eu desconheço. E o que dirás disto? Seria meu id, meu ego, ou superego? Ou apenas eu querendo fingir algo, fazendo dos diálogos uma peça de teatro?

Sei que meus monólogos, os quais eu já me acostumei em escrever, me despem em vários sentidos, e expõem, ás vezes de maneira fosca, ás vezes de maneira bem clara, mais do que deveria até, tudo o que eu sinto, penso, e sou. E muito deles são baseados em minhas fantasias e meus sonhos, é aonde o bigodudo entra...

Ah bigodudo, se o senhor soubesse o meu interesse pelas tuas descobertas... Acho que nem faria tanta diferença, já que há muitos seguidores e discípulos espalhados por aí pregando teus pensamentos, e foi por meio destes que chegou até meus ouvidos, explicações e questões cujas precisava ouvir...

Como eu não levo a sério as palavras de pessoas ordinárias que me dizem tudo o que eu preciso ouvir, mas preciso sempre de uma explicação plausível e aceitável para isso, ter uma explicação comprovada em experiências e fatos, me fez perceber que não ajudará em nada tentar afogar, afugentar coisas que ela deveria saber. ela, ele, eles, aqueles...

Tudo o que eu reprimo, um dia me reprimirá... Eu preciso, pelo menos eu quero acreditar nisso, deixar as coisas fluírem naturalmente, ou interferir no curso, para que pareçam naturais. É tudo uma questão de instinto. O que você me diz disso, ahn? Confuso, pode ser. Faz sentido para quem vos dirige a palavra.

quarta-feira, 25 de março de 2009

conversa com o espelho.

Um dia chuvoso limita minhas opções de atividade, então eu fico lendo e relendo aquela carta ( se é que posso chamar de carta, já que nunca será entregue ao destinatário).

Eu nunca acho que está boa o suficiente.Eu sempre acho que poderia ter escrido mais. Ou melhor. Ou nãoter escrito nada. Me vejo então, empenhando a caneta à frente do papel. Um papel novo, limpo e bonito. O maior cuidado para não amassar, quero ele intacto, é de grande importância. Como se fosse minha própria carta de aforria. Mas estes tempos já passaram, a situação é outra, mas as condições são bem parecidas.

Encho meu pulmão de ar, com todas as silabas que ali pairavam, na esperança que formem palavras, frases, versos que façam algum sentido para você. Até então, não tive problemas.

O problema está na ordem, nas vírgulas, nos parágrafos. Nenhum curso de redação poderá curar isso. A pressa é tanta das palavras me fugirem e te encontrar, que uma atropela a outra, e a carta se torna redundante, confusa, e sem sentido.

O papel novo, limpo e bonito agora não passa de uma mancha azul no infinito do meu quarto -quatro paredes, um abajur, e tanto faz o resto- uma mancha azul.

É assim que posso resumir tudo oque pretendia, tudo o que sentia- Uma mancha azul no infinito que nos separa.