Seus lábios são labirintos que me chamam.
Essa parte eu não me lembro bem, não sei se eu que adicionei, se ouvi bem, se eu que quis que fosse assim... Eu só lembro de um nome. E mais essa parte também:
Eu fui sincero como não se pode ser
Mas eu falei sem pensar, com o coração em uma mão, e na outra uma arma de corte.
"Eu olhei nos teus olhos quando você me disse isso, agora olhe nos meus."
Eu queria tanto que o silêncio se explicasse por si só. Eu não tenho coragem de te olhar, como você disse, "um olhar de desprezo" ou algo parecido. Não tenho coragem de te olhar, não assim tão diretamente.
Eu não consigo ser assim, assim como? Assim eu não sei. E não me importo agora. Com nada agora. Nem com o agora. E escrevo sem me importar com consequências, com compreensão, ou interpretação.
Só sei que subi lá e arrebentei, vomitei tudo para fora, o mais alto que consegui, o mais sujo que poderia sair, o menos óbvio e esperado. Vai me dizer que não te surpreendi? Pode me elogiar depois, pelo espetáculo.
Morri e resurgi, precisei sentar e respirar. O que acabou de acontecer? Foi assim... pisquei os olhos e já estava em casa, com os ouvidos zunindo, ouvindo aquelas vozes, como se fosse virar pro lado e encontrá-los.
Fiquei atônita pelo resto da tarde, do dia, e a noite, o que acontece a noite? Repaginando e reconsiderando foi melhor assim. Foi? Não me responda mas haja como se nada houvesse acontecido no dia anterior.
Sou uma desconhecida... mas posso provar o contrário.
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