sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Pedido

Espero e peço
cinco minutos seus são difíceis de se conseguir...

terça-feira, 13 de setembro de 2011

O que sinto está tão profundo que não consigo nem mais encontrar a definição,
se é a falta, a saudade, ou a ausência quase total.
Só sei que sinto.
Eu sinto. E só.

É o cheiro do seu sono, o gosto do seu "aceito", o olhar do seu desejo.
É a carne e a alma.
É o tudo, que sem, sou nada.

É o toque das entrelinhas, é a curva dos arrepios,
é o prazer, que sem a dor, não tem valor.
É mais completo que o amor.

O sabor de seus sotaques, a cor de seus olhares, as notas de seus sorrisos.
É tudo isso, e ao mesmo tempo só.
É o "só" que eu preciso.
É o tudo, que sem, sou nada.

sábado, 3 de setembro de 2011

Terra rasa

Eu já fui teto, eu já fui ponte, mas nunca fui chão.
Quando fui teto, me dividi em mil telhas, mas como mil telhas dividas, não fui um inteiro, e cai parte a parte, mesmo sem tempestade. Eu fui de barro, me rendi ao sol que me rachava e a chuva que me escorria.
Quando fui ponte, estiquei meus braços de margem à margem de um rio, um rio fraco que não precisava de mim, quando fui ponte, eu fui pelo rio, e não por mim, eu era o rio e não a ponte. Eu fui tanto o rio, que a água escassa, mesmo escassa me levou, e nunca mais inteira eu fui.
Agora, chão eu nunca fui, eu precisaria de mais fogo, porque barro eu já sou. Sou barro frágil, minhas partes arrancadas, são modeladas e transformadas, sou eu, mas não sou.
Sou barro podre e mole, Sou só barro, mas não o que sou.
Eu já fui teto
Eu já fui ponte
Mas chão...

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Tropeço num galho
e caio podre no chão

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Diz que só diz.

diz que quer, mas não faz.
diz que pensa, mas não concretiza,
diz que é, mas só está.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Vivi

Somente estive feliz,
porque para ser triste,
tempo, eu não tive.

Sorri,
Com a mesma intensidade que sofri,
neste curto espaço de tempo,
quando pisquei,
cresci.

Estiquei meus braços,
para fora do casúlo,
já, inocente, com a intenção
de abraçar o inteiro do mundo.

Doeram meus braços tão pequenos,
Meu abraço tão apertado...
Recolhi-me ao peito meu,
Quente e fresco, como leite materno.

Mal saí do útero,
e já tive que enfrentar o mundo.
Mal abri os olhos,
e devo enxergar a fundo.
Mal nasci, cresci, morri.

sábado, 14 de maio de 2011

O meu problema é querer agarrar o mundo muito grande pro meu abraço tão apertado.