Eu gostaria de ter o mundo, se fosse possível. É ridícula a diferença entre o modo que vivo para o modo que quero viver, está tudo tão longe, isso me desanima de tentar. Por que eu tenho que alcançar o que todos (e qualquer um) consegue se eu posso tentar algo a mais? Se eu posso, e sei que sou capaz de ir além... Me restringem do meu próprio talento, ah...
Eu me revolto e me rebelo de forma indevida, e me sinto julgada sem antes saberem dos meus motivos. É arrependimento que bate à porta, e eu me recuso a atender, fecho as portas e apago as luzes, fingindo que não tem ninguém aqui dentro, porque não tem ninguém de qualquer jeito...
E os olhos que me atravessam pelas ruas, me acertam como flechadas, quanto aos olhos conhecidos, os meus pedem desculpas, muitas vezes cabisbaixos. Os olhos verdes que me olham com medo, os castanhos que me desconhecem, e os castanhos claros? Aqueles olhos que não me pertencem mais, eles não me olham mais.
Sobre os rostos que eu gostaria de receber notícias, eles me renegam. E de tudo isso, eu sei que a culpa é minha. Sinto falta de afeto, e exagero em pedidos, me desespero e fico constrangida, me retenho a quem sou ali, perto da parede, com o olhar longe e desfocado - eu até fumaria um cigarro, se não fosse asmática.
Respiro e sinto alguém à mim se dirigindo : "O que te acontece?", "Nada, é isso que me acontece". Não me importa quem foi, ou se acreditou, já que nem eu acredito...
porque fazer drama é uma arte que nem todos possuem, meu bem.
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