Meu coração está palpitando e não é de euforia, e nem efeito colateral de alucinóginos de drogaria. É de tristeza, que tem nome, é a vontade de chorar sem ter motivo, é querer vomitar as palavras que não existem, é passar a noite em claro e o dia também. É essa fantasia de que um dia tudo o que eu recuso por estância irá me acertar violentamente que eu nem conseguirei respirar. E eu não me importaria em perder a respiração por alguns instantes, e voltar a superfície consciente...
É essa falta de assunto que me incomoda, e coça minha garganta, e meus dedos se movem mais rápido que meus pensamentos, eu não consigo escrever... E eu tenho vontade de ensurdecer e ligo a distorção no último, e meus dedos doem, assim como meus olhos, e meu pulso inchado, mais algumas notas e eu faço uma melodia totalmente diferente, eu só preciso encontrar o tom certo. E eu não me interesso por cigarros e nem fazer o que é errado, eu só quero o que me dá prazer e não me importo com o que é legal o não, eu preciso me sentir bem.
Meu coração palpita com a ideia de que no espaço de 2 horas em um dia eu posso fazer a realização pessoal de uma vida inteira. Eu sonho grande quando fecho os olhos, e eu queria a chance de lançar estes sonhos no ar em voz alta e o peito aberto. O que tiver que me acertar, acertará, e eu quase me acostumei com a dor. Continua incomodando. E eu só falo sobre mim porque eu não tenho mais nada a dizer, veja, essas quatro paredes me sufocando.
Meu coração palpita com a possibilidade de qualquer novidade, e tudo o que eu vejo é tragédia. Eu quero um pouco de calma, mas o silêncio me apavora, eu quero um abraço que está distante, eu quero os lábios que não mais me pertencem, eu quero a surpresa de um dia comum, e não ser tão confusa em meus pensamentos. Os dias que vão embora, e eu continuo no mesmo lugar, o capitulo que parece que eu não quero completar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário