quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

4 anos

Volta a saudades como algo que nunca houvesse existido. Eu olho pra frente e vejo um passado que não me pertenceu. Uma heroína sem carácter, nem identidade. Foi um erro que cometi num silêncio que me atormenta. Eu passaria cem anos de solidão, apenas pra fugir da tormenta, da tempestade, da casualidade que me fez assim com medo e sem prazer.

Eu pediria pro Brasil me abandonar, que eu fosse ao mar em um lugar sem nacionalidade exercer qualquer porra que fosse, mas não ter que viver no caos que se diz civilizado, entre mentirosos putas e aidéticos. Parece até anti-ético, renegar minha pátria no ano da copa. Mas que orgulho é esse que se exalta uma vez a quatro anos? Se for pra viver de quatro em quatro anos melhor não viver, melhor não ser!

Eu falo com Deus, seu Senhor e espero respostas humanas, eu não sei o que quero mas sei o que peço. Sei o que espero e espero até demais o que já era para ter acontecido. É o pecado, é a preguiça de erguer uma bandeira invisível, tomar o ar e formar palavras de conforto para os necessitados de sentimento como eu e todos outros suicidas sociais.

Tapar os ouvidos em público fingir, não ouvir, ignorar o mundo e olhar o reflexo formado no óculos de sol importado. Podridrão forjada escondendo o vazio de um coração maltratado e englobado em cubo que acredita-se ter poder de alcançar o mundo todo.

Mentira!

O que alcança o mundo é a voz, é a palavra, é o som, é o conforto, e a vontade de saber do próximo e dizer de si mesmo, de se encontrar em outros hábitos e se enxergar em outros olhos, é sorrir por um sorriso, e alegrar-se por um segundo, sabendo só por saber, que somos 6bilhões em um só.

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