Pedras Sabão.
Não perdoa mais a dor que aperta o peito e vem da alma,com a calma de quem não quer ver acabar
o presente que foi o passado
De mim para si
De nós para o fim
Difícil que é esquecer
antes fosse cometer
O vermelho que mancha esse romance
Em preto e branco retratado em três por quatro
Com formato de carteira e cheiro de saudade
E escorrem os olhos, as promessas
pelas beiradas do orgulho
que recolhe os cacos de vidro
e confeites
do carnaval fora de hora
Enqanto bêbados equilibristas
seguem no meio-fio,
escorrendo a maquiagem de ressaca,
na alegria de um velório, como num bloco.
Enfim fecham-se as portas do cortiço,
no começo da manhã de domingo.