Cinco de Abril, 2011
Sobra no meu peito
o teu sorriso que me invade,
nesses todos carnavais
em que estive mascarado.
Paguei os meus pecados
sob a fantasia de frade.
Orei, meus olhos fechados,
chorei, de alma embriagada.
Colhi as flores desse asfalto
Nesses todos carnavais,
nesses tantos carnavais.
Fecharam-se os punhos
no meu rosto inválido
Casaram-se os castos
no altar pagão dos atos,
e a cena se repete:
Vinte quadros mudos,
a música celebrando
os brasileiros surdos,
às fantasias do Planalto.
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