Ô menina, por que faz isso comigo? Me deixa na dúvida e preocupada contigo. Tua urgência me desespera, que sei que não sou capaz de supri-la, e eu jurei que iria tomar conta de ti... Não fui capaz. Não sou capaz nem comigo sozinha, imagine para com os outros? Meu coração palpita e clama por atenção que não recebo, e não faz diferença agora que tudo já passou.
Eu fui uma criança a noite, nenhuma luz no céu, nenhuma estrela e mesmo assim, fiquei hipnotizada ao olhar as nuvens no céu roxo. Eu quis sentir a brisa, e pra minha decepção estava calor, muito calor, eu não queria sentir calor. Deitada ali na cama elástica, eu continuaria ali, se não fosse o calor, e minha garganta coçava e pedia por uma bebida. E diferente de outros dias, eu recusei o álcool.
Minha esperança se apagava como a vela no salão, pequena e resistente, mas de pouca claridade, quase sem intensidade, ela corria de mim, se escondia de mim, e eu tentei tantas vezes, eu tentei... Eu desisti e me rendi as tentações dos líquidos que queimam a garganta, mas me enchem de coragem. Eu resolvi querer voar, e sem sucesso, pulei o mais alto que pude, o mais alto que consegui, mas o céu me recusava e me rendi ao chão. Fiquei ali novamente deitada. Eu não pensava em nada, eu não consigo voar, nem falar, nem...
Interpretei os fatos e circunstâncias, nada ao meu favor, eu não fui participativa e passei despercebida, de volta aos líquidos que me queimam a garganta, chegou uma hora que eu não aguentava mais, larguei o copo em qualquer canto e respirei a vontade, minhas palavras foram necessidade e ir embora foi uma fatalidade. O tempo corria, as pessoas giravam, todos falavam, eu não prestei atenção em mim, eu fui embora mais uma vez sendo ninguém.
aah, não volta pro alcool não, e se voltar me chama junto ! auhauahuahauh brinks nara!
ResponderExcluir