segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Cinema

Se não existe, por que insistir?
Será fraqueza minha admitir
Que a saudades ecoa em mim
Pela necessidade de tornar algo real, que no papel soa tão bonito, e eu estou tornando banal.

Você se importa?

Se eu me afastar um pouco, porque está calor
Se eu disser frases de filmes, para ter a sensação de protagonista e não telespectador
Se eu te abraçar e não passar disso,
Se eu te negar um beijo,
Quando eu seguro sua mão,
Se eu roubar suas palavras, tirar seus momentos, suas músicas, o seu quarto, sua privacidade.
Só porque eu quis ver qual a reação.

É errado?
Te usar por satisfação pessoal
Fazer experimentos emocionais
Mas que culpa eu tenho?
Se eu sou assim
Eu preciso ser assim
Minha curiosidade não se afoba, eu quero saber como é
Essa palavra, essa sensação,

O sexo, o romance, a necessidade de outro,
O suicídio, a vontade, saudades, carência
A lembrança, a intensidade, o calor e o frio
Da ausência e a presença, a sombra, a distração
O medo de perder, a timidez, os olhos fechados,
A respiração, a adrenalina, o descontrole do coração.
Os detalhes que parecem ser de filmes...

Minha vida não é um filme,
e que não seja por isso, eu mesma invento.

2 comentários:

  1. e que não seja por isso,

    eu mesma invento.

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  2. "Mas que culpa eu tenho?
    Se eu sou assim"
    eu não sei você, mas acho que os melhores comentários são feitos a partir de pedaços extraídos do texto que as outras pessoas se identificam. :D

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