Prometi não mais mentir, e minha mãe diz que sou uma pessoa difícil de se confiar. Quem sou eu para discordar?
Mas mentir faz parte de mim, por isso escrevo. Escrevo mentiras que até eu mesma acredito, são fantasias, romances, são histórias, brigas e fatos. São no geral exageros.
Exagero de dramas, amores, de raiva, de não ter no quê acreditar, são exageros de verdade que ninguém está disposto a escutar. E justamente por isso são exageros.
Eu fecho os olhos e mergulho nas palavras, e deixo elas me alcançarem. Eu já tentei de outra maneira, já tentei outras formas e formatos, mas nada mais me agrada e me poupei do trabalho de arriscar.
Mas o que eu poderia arriscar, se não tenho nada a perder? Oras não arrisco, porque nunca fui uma pessoa corajosa.
Não é à toa, afinal, que me escondo atrás de mentiras...
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