Ardi um fogo
de paixão à ódio
A sonoridade das chamas e voz
do gozo à dor.
Clamei perdão,
perguntei por que :
a felicidade ofende.
Uma auto-flagelação forçada,
Um padre ateu,
Um comunista conservador,
Um suicída vivo,
Um viciado, cujo vício é o amor.
Sem sentido, eu sim, senti.
Tudo tem nexo em cima do muro,
nada é certo ou errado
ninguém é bom ou mau quando feridos
são todos igualmente dignos de pena, dó, de esmola sentimental
-Que vão todos para o núcleo do inferno!
Que inferno? Me diz então deus, o que é isso que vivo, se não o inferno ?
-Eu não preciso de vossa pena, estendam vossas mãos ao diabo! Que ele sim, vos carregue! E aguentem vossos próprios fardos, que do meu sozinha estou farta!
Arda-me, deixe-me arder!
Cansei de brincar de gente grande
Cansei de crescer!
Nesse pique-esconde, me escondi e onde estou que não me encontro?
As paredes se aproximam, as portas diminuem, a mente encolhe e o coração endurece.
Sou adulto sem querer...
Cansei de brincar...
Cansei de crescer.
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