terça-feira, 7 de agosto de 2012

Eu vou morrer, é verdade.

Tudo o que vejo em mim é uma versão atrasada daquilo que nunca quis ser,
Um protótipo urbano de um ser em construção.
O típico indeciso
-Não sei o que quero.

Me doem os neurônios, a incapacidade de mudança,
a prisão da falsa liberdade,
a busca da felicidade,
- que não me percence.
 os sonhos comprados na internet,
e não de padaria,
a ilusão messiânica de salvar o mundo todo num só ato.

Eu vou morrer, é verdade.
E por que prender um pássaro que sabe seu prazo de validade?
Nada importa,
nada vale,
nada conta,
se sou só um
protótipo,
descartável,
inválido,
resíduo de fábrica.

Um comentário:

  1. De que vale prender um pássaro, qualquer que seja a data?

    Ora, menina, voe. Voe em pensamento, perca-se nas suas (incríveis) viagens. Ter que voltar quando se tem um mundo tão lindo quanto o seu na mente, acredite-me, é um detalhe.

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