sexta-feira, 8 de maio de 2009

Suas Borboletas

Eu sinto demais, ou sinto de menos, a única certeza é que não é recíproco. Oh, Deus, será que um dia foi? Será que eu, um dia, fui capaz de retribuir? Será que eu retribuí da forma como deveria de ser? Eu nunca sei ser capaz, não sou capaz de saber. Eu não sei.

Oh, Deus, eu e minhas dúvidas, mais uma vez, o Senhor, penso eu, deve irritar-se comigo, ora pois, mal frequento tua morada, mas o encho de pedidos e perguntas... Pelo menos, à mim, iria irritar.

Pois veja só, de manhã, apesar da neblina, o dia, para mim, estava tão azul, tão vivo, quente, alegre e cantante. Após algumas horas, apesar do céu aberto, o dia, para mim, estava tão cinza, pesado, arrastado...

Os personagens que compuseram minha sexta-feira foram os mesmos, porém, ao passar das transitórias horas, os semblantes estavam diferente. Os sorrisos não me faziam sorrir. Me decepcionei, comigo, obviamente. Eu implorei, sem palavras, por um abraço. E consegui.

E nesse abraço, nesse tempo, no meu dia cinza de horas pesadas, eu pude ver o céu se dividindo, entre o cinza e o azul, e o tempo apressado, parou pra descansar. Eu encostei minha cabeça e respirei, suspirei, e voltei. Me afastei.

Me afastei e permaneci até que meu dia voltasse a ser cinza. Mas até então, me deu uma dor de cabeça, carência, e saudades. Ah, a saudades me trouxe dúvidas também. Mas se torna tão redundante, pois é sobre a mesma reciprocidade. Bem, não a mesma do começo do texto.

A reciprocidade que me acompanhava há anos, e agora, eu não tenho mais certeza. Só da intensidade. Eu sei que é intenso, e imensurável, da minha parte. Da outra parte, eu não posso dizer, já que não sou quem sente, "quem é você pra me dizer que sente o mesmo sem ao menos ser quem sou? "

Oh céus, preciso de um analista. Alguém que não tenha sentimentos por mim, e nem me conheça parcial, ou completamente.

Oh céus, preciso eu, parar de apelar a outros para resolverem meus problemas. Mas uma dica, de vez em quando, não iria fazer mal algum.

Mas o meu maior medo porém, não é de não ser recíproco, é de eu magoar alguém.

A última coisa que eu quero, magoar alguém.

2 comentários:

  1. As pessoas sempre são magoadas e pra isso alguém tem que magoar por mais que doa também.
    p.s. eu gosto de tentar resolver seus problemas ;)

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  2. 'Oh céus, preciso de um analista.' eu aqui o/

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