Hoje eu te ignorei. Me senti péssima, e meio sem jeito fui te pedir desculpas - não é que quase consigo um beijo? - eu gaguejei. Nessa hora, como explicar os motivos? Meus motivos para serem plausíveis? Eu não sei...
Só sei que meus olhos se encheram de água quando me pediu para ficar, e me perguntou porque eu estava agindo dessa forma. Eu te ignorei. Você não veio atrás. E me senti péssima.
Eu fui atrás de você, ver se você queria falar comigo. E dei de cara no muro. Voltei em mim, isso não foi bom. Percebi que por opção me distanciava, como se aquilo fosse aliviar alguma coisa. E a vontade de te abraçar? Não movi um dedo... Posso me orgulhar disso?
Você estava apenas no seu lugar de ingenuidade e áurea transparente, e eu te ignorei por isso ontem. E hoje. Perguntei se havia algo que quisesse falar comigo. Não insisti.
Nunca soube que um não poderia estar travestido em tantas formas de respostas diferentes, eu não me senti rejeitada. Eu te ignorei, porém.
Eu não sei o ponto que separa o certo do errado, e ando sempre receiosa de que posso dizer, ou fazer, algo que não deveria[...] E acabo deixando tudo apenas na idéia [...] idéias sem braço (pois não te alcançam), idéias sem pernas (pois não te seguem), idéias sem voz (pois não te atingem). Apenas idéias.
Fantasio até demais, mas sei ao menos que meus olhos não me enganam, você está ali, na minha frente, de carne, ossos e um pedido - qualquer pedido - que não tenho coragem de recusar, mas ajo como se não quisesse nada e acabo cedendo. Ocorre que eu não quero me separar dessa realidade encarnada em sonho.
Exatamente. Realidade encarnada em sonho. Entende agora, o receio de não saber quando uma coisa termina e a outra começa? Temo que devo medir cada palavra, cada ato, cada pedido. Mas como à mim liberdade é concebida, torna-se um tanto - apenas pouco, bem pouco- mais fácil para ambos os lados.
Acredito eu, que nesse jogo, não sou a única pisando em cacos de vidro. Sei da minha parte, mas o que me sobra - e como sobra- de racionalidade, me permite perceber que certas ações são premetidadas...Ah eu só lamento...
Será o perdão cabível caso eu decida... ah, até a decisão...
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