terça-feira, 9 de junho de 2009

O ruído, a droga e a tontura

Com a boca seca e um suspiro, acordei de repente, como em cena de filme, sentei-me na cama com os olhos abertos. Me levantei, e senti o frio do chão com meus pés descalços, sem conseguir respirar ditamente, dirigi-me a cozinha a fim de tomar água. A água gelada descia pela minha garganta inflamada e fechada. Machucava. Voltei a me deitar, pela terceira vez na noite, e não consegui dormir tranquilamente.

O ar parecia estar muito ocupado com algo mais interessante ao que invadir meus pulmões, que inflavam na tentativa de suprir oxigênio. Em vão. Tentei diversas vezes, abri a janela do quarto, o céu estava um pouco já mais claro, e frio que doía até os ossos. Me rendi então a medicina moderna : rumo ao hospital.

Conhecia todo o esquema do local, movi-me vagarosamente pois me cansava e me doía a face a cada movimento brusco. Sentei-me à esperar o médico chamar. Mais uma vez ouço meu nome errado, mas me acostumei, o importante é a dor passar.

Ouvi o diagnóstico como um apaixonado ouve seu poema favorito (que mesmo em face de maior encanto/ Dele se encante mais meu pensamento...) de cor, e repetindo silenciosamente, para mim, o que ouvia. Dirigiram me então, para a enfermagem e já sabia o que me esperava.

A agulha, o espanto, o ruído, a droga, a tontura, o palpitar, o silêncio... o ruído, a droga, a tontura, o aceleramento, o silêncio... enfim o ar.

Um comentário:

  1. bom, melhor agulhas a varios comprimidos e q nuncam resolvem a situação !
    vc melhoro ?

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