Antes, existia um presente que seria para sempre imutável, constante e duradouro. Hoje, existe um passado melodramático e que não me pertence mais como lembrança... Como se tivesse passado mudo. Como uma sombra, no palco, projetada pelos flashes, graças à inconstância e intermitência da luz. Tem tudo a ver com luz, as cores são luz, os olhos são luz. O passado que era luz.
Hoje já vejo as luzes conforme as estações passam, no verão as garotas são tão mais bonitas, assim como os garotos são no inverno. Na primavera e no outono, o que me importa são as flores, e isso nunca vai mudar. O que mudou foi: o que eu considerava ser para sempre, agora só será se eu arrastá-lo para frente comigo. Pois o caminho que era único e certeiro, se divide em mais de uma saída.
Mas eu não sinto vontade, meus finais de semana não são os mesmos e eu passo alheia às luzes da noite, as quais eu sempre vi, e suas cores eram em mim fixadas. Mas à noite, as luzes são o cenário, e o cenário pouco me importa, o que me importa são os protagonistas e figurantes, os quais eu somente leio-os durante a semana. Mas então já é passado.
As sextas-feiras passam como minutos, e eu insisto em agarrá-los e torná-los infinitos, mas é claro, só na imaginação. E os sábados são domingos, e os domingos são segundas. Que belo dia. Um péssimo dia.
Eu não sinto vontade de continuar, e continuo por condução, toda vez que sigo em frente, algo me fere na memória, sinto como se gostasse de me machucar, de me quebrar, e o sorriso? Sempre sorrindo. Seriedade e graça...não combinam e eu tento ao máximo. Para você não me perguntar, para eu não insistir.
que belo dia. que péssimo dia.
ResponderExcluirconcordo.