"Você acha que eu recusaria um pedido seu?"
Eu gostaria de tentar um futuro incerto, mas que fosse meu e teu. É a situação agora, entenda, que o futuro fica só na vontade. Eu te faria feliz, se fosse minha vontade. Mas eu sou tão indecisa quanto o Cláudio* é péssimo. E você não é a decisão certa para o momento, saiba que, é algo pessoal, eu querer outra pessoa, e você deveria fazer o mesmo.
Eu desisti de tanta coisa por medo de tentar e dar errado, e no momento eu não estou me importando tanto assim com os meus erros. E foi contigo, criança, que eu mais errei. Eu agora, invisto em mim e em meus desejos, estou disposta a arriscar coisas que as tive segura desde sempre - até agora - por coisas que talvez, nunca dê certo. Mas é isso que me agrada.
A incerteza não é um compromisso, me agrada isso, a liberdade do sim, do não, ou do talvez, com a opção de testar, arriscar ou simplesmente continuar. Ah, é tão prazeroso e satisfatório esse mundo sem dívidas pessoais, sem dar explicações a alheios. Eu gosto de me perder por outros caminhos, experimentar novos gostos sem medo do julgamento, mas o prazer no mundo de agora é esconder. Todo esse teatro, e nos consideramos tão inteligentes, ah mal sabemos da vida, ah como somos leigos da verdade.
E apesar de tudo eu não sairia daqui, não agora, que a situação é cômoda, e o rei da jogada, é meu. Não será assim para sempre eu sei, e isso me dá vontade de jogar.
* Cláudio = professor barrigudo e narigudo com cabelos cacheados e compridos (vulgo cachinhos prateados) de matemática. Os alunos referem-se a ele como: cãozinho dos teclados, "sim sim?", robson crusoé, entre outros...
Nenhum comentário:
Postar um comentário