sexta-feira, 28 de agosto de 2009

27 de Agosto de 2009

O que garante que meus medos e sonhos não serão para sempre? Ultimamente, estou tão insegura e indecisa dos meus planos, e os dias presentes, para mim, é como estar em um barcosem velas à deriva... nem um mapa, nem bússola. è tanto mar, tanto mar azul à minha volta, tanto mar... E por causa da minha insegurança, ando tão nervosa e contraditória, gaguejo até no "olá"...

Estou triste, com dores de cabeça e preocupações, alheia à tudo e indiferente à todos, minha indeferença é interpretada como desprezo, e de tão indiferente que estou, eu não ligo. Hoje fiz algo que me acostumei - dentro de casa- à fazer : pedir desculpas. Mas estava alheia e indiferente à isso também, eu só me importava com a menina cúmplice dos meus erros, ela chorou por nós duas. A vontade era de abraçá-la e pedir desculpas à ela, e não aos outros, os outros não.

Mas não é de agora que estou assim, isso é raiva acumulada, senhor! Eu preciso de terapia. Tem tanta coisa entalada na minha garganta, tantas dúvidas comprimidas em minha mente, eu não sei mais quem sou ou deveria ser. Eu vejo o mundo se movendo, mas eu não o acompanho. O que faço ou deveria fazer, não estou me importando mais...Parece até que me acostumei a estar sempre chateada, e de certa forma, até estou, tanto que nem me preocupo mais com quando me machucam.

Eu gostaria tanto de alguém disposto a me ouvir, e me apoiar a qualquer momento, sem julgar meus atos. Ah foram tantas besteiras pequenas, bobagens, que em grande proporção, magoou tanta gente. Mas eu juro, juro que não foi a intenção, como já disse "isso é raiva acumulada". Tantas bobagens, e eu não fui madura o suficiente para saber a hora de parar. Eu me afoguei sozinha. E amenina cúmplice dos meus erros, sem malícia tomou minhas dores e parte da culpa. Crueldade minha, deixá-la se expor dessa maneira.

Senhor, eu não importo que coisas ruins aconteçam comigo, mas aquela menina é especial, ela é inocente. "E eu falei sem pensar" nas consequências e reações, eu não deveria ter usado um dom para o mal. Eu já fiz isso tantas vezes, que não imaginei que dessa vez, pudesse dar algo errado.

Por outro lado, vejo a oportunidade enfim, de me livrar de tal peso nas costas. Esse mundo, o qual eu não pertenço, esse mundo que me exclui. Eu já fui tão melhor, e hoje não sei quem sou ao certo. Sem personalidade, um reflexo. Eu tenho sido um reflexo, um conjunto imagem. As pessoas só reconhecem seus próprios reflexos. Eu não me reconheço. Isso me adoece, o fato de saber que vivo entre números, palavras, sugnificados, ah eu fico doente sabendo que não é isso que eu quero : acumulações.

Está tudo quebrado dentro de mim, não sinto vontade de falar, nada me afeta, nada me faz chorar. Eu não chorei, foi como se eu não me arrependesse. Passou como um filme em minha cabeça, eu olhava pela janela dos olhos, e pela janela da sala. Eu observei as pessoas, eu observei as nuvens e o passarinho que me vigiava. "Ah passarinho, minha vida inteira foi em vão..."

Um comentário:

  1. 27 de agosto de 2009. Vimos o poder de uma brincadeira. [tudo bem, tudo certo. ninguém nem fala nada da gente, né?]

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