terça-feira, 7 de julho de 2009

A essa dose.

Onde estão todos os segredos que você tem medo de contar? Ouça meu sussurro, assim você pode se ouvir.



E eu poderia ser qualquer coisa se você me quisesse aqui, eu consertaria qualquer pedaço seu, se você me deixasse perto. Sinto muito dizer isso. Mas você está quebrado, encare. Nem o céu mais azul, nem a estrela mais real, poderia deixar teu dia mais colorido. Seu sorriso se foi, e isso é o pior. E não foi à mim que você recorreu. E isso me faz pior.

Onde estão seus sonhos? Suas tardes na grama olhando nuvens, seus livros lidos e contados, seus filmes vistos e vividos. Ah eram tão puros seus olhares, dizeres e risadas. Eu gostava assim. Eu me importava ao máximo em continuar ser assim. Você pra mim, sorrir. Eu, a te fazer sorrir. Smile, even if your heart is aching...

Se lembra o dia, o mesmo no qual me revelei o pior, e você me disse "Eu te amo" ? Eu deitei e chorei, você não viu. Não é isso. Não. É só você sorrir, eu te fazer sorrir, somente paz e felicidade. Amor? Não por favor. Dos meus anos vividos, quatro foram os piores, a era da ilusão, amor, paixão : Platônico.

Eu prometi à mim, e ao mundo ao meu redor, não repetir essa dose, eu não repetirei esses quatro anos, e não permitirei que o façam por mim. Ainda, eu não escolhi um caminho. Me perdi. Você parece tão, tão seguro das suas escolhas. Mas ainda sim, o que te faz feliz?

Eu não sei mais, logo eu. Logo eu, que de nós, sempre tomei as decisões, que das estrelas, eu as sabia de cor, que de você, ah você....

Não percebe as minhas cartas? Declarações e depoimentos, todos com fragmentos seus? Eu não sei mais quem sou, quem me pertece, e os sonhos, quais são meus? E os fantasiados? E os seus, que cumpro-os somente para te fazer satisfeito.

De todos os refrões, versos, pontes, solos, essa é a sinfonia menos ensaiada, a da nossa existência teatral, melódica e dramática. O que o músico não faz a seu maestro?

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