A chuva atrapalha, e embaralha meus pensamentos : perdi o foco. E eu acredito mesmo, é bem possível, que qualquer estranho possa assinar meu atestado de insanidade. Olha meu estado, andando por São Paulo, perdida de orientações, perguntando o caminho à um taxista - que fala um português bem estranho. E chove.
O que vim fazer mesmo? Foi bom conversar contigo, e saber que nem meu melhor amigo poderia ter dito melhor. Esqueci dos problemas, e foi estranho falar deles, enquanto meu cérebro processava informações do dia. E informações, não banalidades, conhecimento. Eu nunca havia feito aquele caminho na vida, me senti tão independente. Segura de mim. Mas apesar, chovia.
E nós, olha que engraçado, criticando o falso moralismo, eu acabei por cometer um. E nem percebi, acostumei com essa mentira : "Eu sei o que eu quero, o que eu gosto". Mentira, sei de nada. Nem sei que ônibus pegar, vou saber lá de mim? Oras....
"Vou te passar um telefone, vê se a procura..." Ah por favor! Eu preciso mesmo, não sei como lido com essa situação, que atitude a mais devo tomar. Ficar trancada em casa e não abrir mais a boca...Mas e essa sensação de hoje? Ah, eu me senti tão independente. Segura de mim. Mas apesar, chovia. E quando outrora terei a mesma sensação, pesar de escassa e limitada? E chuvosa também.
Eu queria dormir. Mas não consegui, a mente ainda processando, planejando, almejando tanta coisa... "Ah, tudo vai melhorar sim..." eu não parava de pensar, minha vida vai ser feliz! Parei antes de casa, e resolvi comer, a ansiedade passou. Eu me saciei com tão pouco. E eu já almejando isso para vida inteira, que pretensão a minha, há tantos cacos de vidro no caminho...
Nenhum comentário:
Postar um comentário